Indignação ou irritação? Não sei como descrever o que sinto quando nas minhas caminhadas encontro no percurso lixos mais estranhos para além da já implícita falta de civismo. Infelizmente, todos nós temos conhecimento do que ainda falta consciencializar as pessoas para a preservação e respeito pela natureza e espaços públicos, continuamos a ver e a tropeçar num papel aqui, uma embalagem acolá, pisamos beatas e por vezes cocós dos animais.
Vivo, e faço as minhas caminhadas numa aldeia (só para contextualizar realidades) e acompanha-me uma minorca e curiosa cadela pinscher. Por vezes, é precisamente essa curiosidade que no caminho me desperta a atenção para tais “descobertas”. Fica impaciente, a puxar e a cheirar como se de um alerta se tratasse. Para além do lixo habitual que continua a ser largado / atirado ou voado com o próprio vento, fico incrédula com algum com o qual me tenho cruzado e para tal não encontro qualquer explicação, se para um papel, uma beata ou o maço vazio dos cigarros, algo de um lanche conseguimos perceber (não a atitude mas a ação), como vai parar a uma ecovia uma coleção exclusiva de cotonetes usados? Mais, o que leva alguém que se dá ao cuidado de se acompanhar dos sacos e recolher os dejetos do seu cão (e bem…) e depois jogá-los na rua encostados a um muro? Percebi que era rotina porque já eram 3. Leva-me a concluir que a pessoa apenas recolhe se vê que é vista e livra-se do presente logo que pode. Falo de uma rua curta em que à mesma distância quer para uma direção quer para outra, se encontra pertíssimo dos contentores.
Longe de incentivar a que o façam (até porque eu também levo o saquinho e recolho) mas a não ser para fazer bem feito, é preferível deixar o presente do bichinho no chão que pelo menos não poluía com o plástico e a chuva lavava.
Haja sentido! Haja civismo!
O.C.
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