Quem percorre Portugal hoje não imagina o que era o nosso país sem autoestradas.
As Nacionais são vistas como estradas vetustas, quase sempre com limitações de velocidade muito baixas, em muitos casos com bermas perigosas, noutros casos atravessando cidades, vilas, aldeias e lugares, misturando-se com as suas artérias e fazendo-nos recordar o país que éramos.
Nos últimos anos comecei a ouvir falar em algumas delas, quer pela beleza paisagística, quer pelo património construído que as bordejam, ou pelas histórias que escondem ou pela História que ajudaram a construir.
A mais falada de todas é, sem dúvida, a EN2 (Estrada Nacional nº 2).
De tanto ler sobre ela e de ouvir falar nela, nasceu em mim a curiosidade de a percorrer. Esta curiosidade foi paulatinamente transformando-se em anseio difícil de controlar, como algo em que quotidianamente é alvo dos nossos pensamentos.
Decidi que tinha que concretizar este desejo. Resolvi conhecê-la e aprendi que é uma estrada que liga Chaves a Faro e que tem um comprimento de, aproximadamente, 748kms. Atravessa algumas capitais de distrito tais como Vila Real e Viseu e termina noutra capital de distrito, Faro. Em termos de concelhos são mais de 10% os concelhos do país que são atravessados pela N2.
Faço um parêntesis para uma observação que me parece pertinente. O começo da viagem é em Chaves porque temos habitação em Cristelo, Caminha. Se for alguém que more no Sul deve começar a viagem em Faro. Se tiver casa na Guarda poderá, eventualmente, começar a viagem em Viseu e seguir para Faro. Noutra oportunidade fará o percurso de Viseu até Chaves, completando assim o trajeto da N2. Importante é percorrer toda a N2.
A escolha dos restaurantes no percurso, dos hotéis onde pernoitar e do património natural e construído a visitar será decidido durante a viagem.
Eduardo Freitas
CONTINUA…
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