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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2022

MERCEDES?

COMO VAI O MUNDO

  Caros leitores,  Atravessamos tempos diferentes e isso é inquestionável. Desde o clima que afetou o nosso país e um tanto pelo resto do Mundo, aos profissionais que demonstram pouco profissionalismo, à intolerância dos condutores e à guerra no Mundo… nada escapa!  Tenho tido necessidade de efetuar alguns contatos via telefone para resolução de algumas dúvidas relativamente a serviços e compras e pelo telefone é muito difícil resolver. Na minha prática profissional, revejo estas lacunas quando ligo a qualquer empresa.  Ou porque não sabem falar ao telefone ou porque não são proativos na resolução do motivo da minha chamada! Não são capazes de ficar com um recado… numa loja não são capazes de um bom dia ou obrigada…. No trânsito ninguém espera que estaciones… na fila do supermercado as pessoas demonstram-se tristes…. Tudo está mais caro, tudo está diferente e tudo está menos bem…. O Estado do país, desde os incêndios às prestações dos nossos compromissos financeiros, faz-nos mais trist

O FASCÍNIO PELO BRILHO

Estava a ler D. José Tolentino de Mendonça e deparei-me com um relato islâmico que contava que certa vez, um homem que tendo perdido a chave de casa dentro do seu próprio quarto, foi, no entanto, procurá-la na rua, dizendo: “Cá fora há mais luz e é mais fácil procurar”. Que estranho que tal atitude nos parece assim à primeira vista. Contudo e depois de refletir um pouco, verifico que situações semelhantes, se passam igualmente quase com todos nós. Vamos atrás da luz, vamos atrás do esplendor. Estamos convictos que o que importa é o brilho. “Estacionamos” em certos lugares à espera de demonstrações de que temos realmente razão em estarmos ali junto daquelas pessoas, ou daquelas coisas, sabendo que a “chave” está noutro lugar.  Qual será a razão para este nosso comportamento? Qual será o motivo pelo qual o brilho nos encanta e nos fascina tanto? Devemos estar sempre conscientes que onde existe brilho, também existe sombra! Álvaro S. Simeão 

O VOO DO NINHO

Manhã de domingo. Chego à cozinha para preparar o café e apercebo-me que algo de anormal se passa. O chilrear de pássaros é quase ensurdecedor e acompanhado de voos rasantes à copa das árvores de pequeno porte do jardim. Percebo que se tratam de melros-pretos como habitualmente os chamamos, e isso faz-me lembrar de um ninho que foi construído, esta primavera, numa dessas árvores, e que tem sido protegido com todo o carinho, pelo meu marido, de modo a evitar o assalto de algum dos nossos quatro gatos. Aproximo-me da porta, e vejo vários outros (conto quinze), empoleirados nos fios elétricos que por ali passam, e que é deles a “sinfonia” que me chamou a atenção. Para além disso, vejo que o casal nosso protegido voa incessantemente da árvore do ninho para outra que lhe fica perto, e que enquanto o faz, emite um chilreado ainda diferente de todos os outros. Esquecendo-me do café e do pequeno almoço, deixo-me ficar a assistir, fascinada, ao que percebo ser o incentivo dos pais que, com o se

FÉRIAS

Tenho dado por mim a pensar que as férias laborais deviam estar acompanhadas de uma cláusula no contrato que “obrigasse” a pessoa a viajar. No período de férias devia ser convidado mediante condições especiais e um bilhete (claro), a ausentar-se quer dos radares do emprego quer de casa. Sempre que isso não acontece (e é a realidade do comum mortal) esta que devia ser uma época de descanso e descontração, torna-se uma simples e leve mudança de rotinas por tempo rapidamente terminado. O que para a maioria dos homens se resume a fazer nada nem nenhum, nós mulheres aproveitamos para tentar fazer tudo aquilo que na correria dos dias não conseguimos; queremos resolver coisas na rua, queremos organizar tudo em casa, queremos fazer praia e outros programas com os miúdos, e ainda temos por vezes que interromper e intervir em assuntos do emprego. Resumindo, quando as férias acabam precisávamos de descansar daquilo que nos cansou durante as férias. Manifesto assim o meu “desagrado” por não ter si

IRRITAÇÃO

Estive neste mesmo sítio na sexta-feira passada. Hoje é domingo. Estou num bar de praia na zona de Angeiras. Estou sozinha, tal como na sexta-feira. Costumo andar acompanhada mas destas duas vezes calhou assim. Sexta feira tudo se conjugou para me acalmar. O mar muito sereno, parecia que a água nem se mexia.  Os clientes que cá estavam não perturbavam o ambiente. Música de fundo agradável. Pronto, até aqui tudo bem.  Mas hoje, meu Deus.  Entra gente, sai gente. Muita gente. Crianças fora da mesa a correr e a gritar.  E só hoje me apercebi que o chão abana quando se anda e se corre.  De facto, na sexta-feira nem isso se notava tal era a tranquilidade. Até o meu amigo mar está hoje muito agitado, barulhento, irrequieto. Deve estar incomodado também.  E há muita gente. O bar está cheio. Lá fora muita gente a passear ao sol, embora esteja muito vento e frio. E então? Conclusão? Pois. É domingo e toda a gente passeia. Tem esse direito. Toda a gente vem ao bar. É um direito seu. Mas eu sinto