Estava a ler D. José Tolentino de Mendonça e deparei-me com um relato islâmico que contava que certa vez, um homem que tendo perdido a chave de casa dentro do seu próprio quarto, foi, no entanto, procurá-la na rua, dizendo: “Cá fora há mais luz e é mais fácil procurar”.
Que estranho que tal atitude nos parece assim à primeira vista.
Contudo e depois de refletir um pouco, verifico que situações semelhantes, se passam igualmente quase com todos nós. Vamos atrás da luz, vamos atrás do esplendor. Estamos convictos que o que importa é o brilho. “Estacionamos” em certos lugares à espera de demonstrações de que temos realmente razão em estarmos ali junto daquelas pessoas, ou daquelas coisas, sabendo que a “chave” está noutro lugar.
Qual será a razão para este nosso comportamento?
Qual será o motivo pelo qual o brilho nos encanta e nos fascina tanto?
Devemos estar sempre conscientes que onde existe brilho, também existe sombra!
Álvaro S. Simeão
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