Esta época do ano traz-me sempre à memória cheiros e cores, muitos da minha infância, mas também de toda a vida. O cheiro da marmelada acabada de fazer, o das primeiras chuvadas, a terra molhada, o das uvas vindimadas ou das castanhas nos assadores espalhados pela cidade… ou a recordação do cheirinho de Violetas que mulheres com cestas cheias de raminhos vendiam perto do mercado do bolhão. A sensação gostosa do ar fresco pelas manhãs a bater na cara e que nos desperta os sentidos. Que bonito ver o rodopiar das folhas que as árvores despiram e com as quais o vento adora brincar. A natureza que se transforma numa tela pintada de amarelo, laranja e vários tons de vermelho. Os dias, na sua luz diurna, vão diminuindo, convidando a recolher a casa mais cedo. A meio do outono surge para muitos o primeiro e talvez o maior encontro familiar do ano, o dia dos fiéis defuntos, usado por muitos que se deslocam ao longo do país para visitarem os seus entes queridos desaparecidos. É muitas vezes
O que já é hábito não causa surpresa... Curioso??