Fazendo um zapping um destes dias, dei com um grupo de pessoas comentando as suas “irritações” da semana.
De entre as diferentes “irritações” que fui ouvindo, uma despertou a minha atenção. Tratava-se do salário emocional que, segundo um dos participantes, o irritava solenemente.
Mas afinal o que será isto do salário emocional?
Há quem refira que é actualmente uma das questões mais discutidas na gestão de pessoas.
O salário emocional não vem refletido na nossa folha de vencimento. É diferente de pessoa para pessoa, já que trabalha com as emoções de cada um.
Há diferentes formas de premiar o desempenho dos colaboradores, traduzindo-se no surgimento de emoções positivas, distintas.
Já lá vai o tempo em que os salários acima da média eram garantia de retenção de talentos.
Hoje, quando as pessoas se candidatam a um lugar numa empresa, olham obviamente para aquele que poderá vir a ser o seu salário monetário mas, grande parte delas, olha também, para o salário emocional, igualmente factor de decisão.
Dei, entretanto, comigo a pensar: Quem ganha com a implementação do salário emocional?
Em meu entender, ganham ambos - as empresas e os colaboradores:
As empresas, dado que com a implementação do salário emocional conseguem uma maior retenção de talentos. A rotação de colaboradores diminui, bem como o absentismo.
Os colaboradores, porque ao receberem esses benefícios não monetários, estão a melhorar, sem dúvida alguma, a sua vida pessoal e profissional. As emoções positivas emergem. Manifestam-se orgulhosos por pertencer àquela empresa. Vestem a camisola.
Para quem não esteja tão familiarizado com este assunto, deixo aqui alguns exemplos de salário emocional:
Teletrabalho (tão nosso conhecido actualmente);
Benefícios de saúde
Flexibilização de horários
Formação profissional
Apoio à formação académica
Creches para os filhos
Dias de descanso extra
Etc.
Há, contudo, que ter em atenção que o salário emocional não é fixo, nem eterno. Ele poderá mudar dum momento para o outro.
Voltando ao início deste meu texto, deixo aqui, bem vincado que, para mim, o salário emocional só é benéfico e não entendo, de todo, a indignação do comentador a quem esta situação tanta irritava.
MVFreitas
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