Dadas as circunstâncias, são desaconselhadas todas as formas de toque como o beijo ou o abraço, e incentivado o distanciamento. Mas como se nega um colinho quando se está a trabalhar rodeado de pequenas vidas que na inocência da sua infância, nos procuram em bicas de pés a pedir colinho (seja por carência, porque se magoou ou pela birra do sono)? Como se recusa receber nos nossos braços um ser que passa parte do seu dia ao nosso lado e confia em nós? Como podemos “rejeitar” uma criança a quem por vezes acabamos de dar um “ralhete” e se nos lança ao pescoço e se enrosca a tentar entrar-nos pelo coração dentro? Ou outras (por vezes em batalhão), que quando chegamos e manifestando a alegria genuína por nos ver, correm de braços abertos que rodeiam a nossa cintura e por vezes sem palavras ficam apenas a sentir-nos e a fazerem sentir-se?
Por isso, coloco nas mãos de Deus, e cumprindo com o que me é possível ao máximo, destes momentos não consigo abdicar ou recusar. De coração sempre apertadinho, mas carregado de amor, confio na proteção de Quem é o próprio AMOR (para mim, para os meus, e para aqueles que os pais me confiam diariamente e igualmente de coração pequenininho).
O.C.
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