Covid-19? Isolamento? Confinamento? Reabertura de estruturas presenciais como escolas, escritórios, empresas, trabalho…
Muito bem. Vamos pensar: temos todo o tipo de tecnologia ao nosso dispor (infelizmente nem todas as pessoas o têm) que nos permitem aceder a tudo. Compras, encomendas, aulas, teletrabalho, familiares, amigos… nunca a nossa casa foi tão exposta aos outros como até então. Ficamos a saber os cortinados, se há quadros, cores, decoração e tudo o que uma casa possa ter.
Quem já leu alguns textos meus, por certo reparou que exponho sempre o lado positivo de qualquer situação. Para mim o copo está sempre meio cheio e nunca meio vazio!
Por isto, a mudança pode ser agora. Não foi ontem nem será amanhã. Será hoje. E hoje é um bom dia para uma mudança. Vamos lá então mudar. Mudar o quê? As nossas perceções. O modo como encaramos os obstáculos e as adversidades e os contratempos. Vamos deixar-nos de desculpas de “amanhã faço!” porque se tenho de fazer, faço hoje! Vejamos, estou cansada e tenho tarefas domésticas para realizar e não me sinto capaz, posso deixar para amanhã, sem quaisquer entraves para a minha vida.
Falo antes dos nossos planos, dos ciclos que temos de encerrar, das coisas inacabadas vulgo “unfinnished business” na área da saúde mental. A forma como olhamos para as coisas que nos causam pesar e que parece que se arrastam há tempo demais.
Caro leitor, dou uma ênfase especial a um fator que ninguém tem em consideração quando nos alertam para algo que já devíamos ter feito e ainda não fizemos: a pessoa tem condições para fazer? Sente-se preparada? O que a puxa para trás para não realizar a tarefa? Internamente o que a impede de avançar? E externamente? Quais são os fatores?
É desta mudança que também quero falar. Vamos parar e pensar. Questionar e ouvir os motivos. Sem julgamentos ou juízo de valor.
A pessoa pode estar a travar a maior batalha no seu pensamento e pode estar a gastar imenso tempo a perceber como ultrapassa esse contratempo. Pode estar presa e sem conseguir encontrar a saída do labirinto e perceber qual o caminho que pode fazer.
Aí, vamos mudar também e questionar: “de que forma te posso ajudar?”.
A pergunta acima aplica-se a tudo na vida: numa doença, num objeto situado num lugar alto, numa dúvida de significado, numa tarefa, numa decisão…
E a vocês? De que forma vos posso ajudar?
Mjsoares
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