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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2020

MERCEDES?

EDP, ENDESA e IBERDROLA - A COVID 19 E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

Conhecemos o que cada uma das referidas empresas torna público anualmente no que toca aos resultados obtidos. Sabemos os lucros que acumulam ano, após ano. É frequente a comunicação social divulgar os chorudos vencimentos e prémios que os gestores destas companhias de energia, recebem. Pois bem, meus Senhores, chegou a vossa hora de olharem para nós, vossos clientes, com olhos de ver. Estamos numa situação nunca vista. A maioria das famílias que está por obrigação em casa reunida, está a consumir muitíssimo mais energia do que habitualmente consumia fruto da situação que todos bem conhecemos. Não basta organizar maratonas, concertos e outros eventos similares para mostrar quão responsáveis socialmente são, doando algumas verbas a instituições carenciadas.  Nas redes sociais está divulgada a carta que um senhorio dirigiu aos seus inquilinos, isentando-os temporariamente do pagamento das suas rendas. Seguramente que já é do vosso conhecimento. Olhem por favor para o dito docum

NÃO FAÇAS PLANOS PARA A VIDA

Não faças planos para a vida. Não atrapalhes os planos que a vida tem para ti. Fazendo um “zapping”, há uns dias, parei para ver uma entrevista que a Iva Domingues no Canal 11, estava a fazer ao Manuel Luís Goucha e, a determinado momento, ele diz a frase com que iniciei este texto. Fiquei presa a ela e ao significado a que a mesma me levou. Sim. É frequente e salutar fazermos planos para a nossa vida. A ideia é conseguirmos não nos sentir à deriva mas, dum momento para o outro, tudo na nossa vida se altera, independentemente dos planos que tenhamos para ela.  Foi o caso desta tão terrível pandemia Coronavírus que entrou silenciosa no mundo e que tanto sofrimento e mortes tem provocado. À hora a que estou a escrever este texto, ainda não foi declarado o estado de emergência em Portugal. Acredito que esteja por horas.   Aceitei desde sempre as indicações que as organizações de saúde e entidades públicas foram transmitindo. Pareceu-me ser um assunto muito, muito sério mesmo q

VIVER COM CANCRO (3)

Como vos contei, em publicações  anteriores,  o meu tratamento quimioterapêutico começou no início de Outubro de 2019 e terminou em 12 de Março de 2020. Este tratamento consistiu em dois tipos distintos de intervenção, um intravenoso de três em três semanas ao qual se seguia um período de duas semanas em que diariamente tomava 3 cápsulas de capecitabina de 500mg cada ao pequeno almoço e outras 3 ao jantar. Antes de começar o tratamento confesso que tive receio, um receio que chegou a assumir contornos de autêntico pavor e que me custou algumas noites “em branco”. Este pavor aumentou quando, ao perguntar à médica o tempo de duração de cada uma das sessões intravenosas, recebi a informação que demorava cerca de 3 a 4 horas, dependendo da aceitação que o meu organismo manifestasse. Informaram-me que após o tratamento e nos dias seguintes evitasse beber água fria e que ao lavar as mãos usasse água tépida, evitasse conduzir, fizesse algum esforço por comer e que iria sentir formigu

"QUANDO NÃO TENHO NADA PARA ME PREOCUPAR, PREOCUPO-ME COM ISSO"

«Quando não tenho nada para me preocupar, preocupo-me com isso.» Sempre considerei este pensamento (de um autor desconhecido) deveras verdadeiro. Ainda hoje, a meio da minha jornada normal de trabalho, ouvi um comentário: “esta gente tem é tempo a mais e pouco em que pensar!”. Ora, a minha vida sempre foi o que comumente consideramos normal… nasci, cresci, estudei, hoje trabalho, estudo e faço toda a gestão de uma casa onde moram duas pessoas: o meu namorado e eu. Quando olho para o que já vivi e já experienciei em 34 anos (os seguidores dirão se já são 34 ou se ainda são 34 anos!) denoto que pouco tempo livre tive para me dedicar a coisas sem interesse ou que me desviassem do meu foco. Tive algumas doenças de familiares próximos e consequentemente a sua perda, passei por uma crise económica e financeira onde me reergui e me reinventei e ajudei no que pude, sofri um episódio de assédio laboral grave e sério com consequentes perdas e tantos outros acontecimentos que é-me difícil

A LIÇÃO DAS FAVAS COM CHOURIÇO

Vivi até aos 6 anos e meio em casa dos meus avós. A minha avó, enquanto matriarca da família era uma pessoa muito exigente e, se assim posso dizer, bastante dura. A vida para ela não tinha sido nada fácil, nem bondosa e ela não queria que aqueles horríveis tempos voltassem. Foi sempre muitíssimo rigorosa com normas. Hoje passadas 6 décadas, olho para trás, de sorriso nos lábios e a palavra de gratidão na minha boca por tão importantes exemplos de vida que me passou, mas, naquela altura, sofri “horrores”. Um dia, a ementa preparada pela minha avó, para o nosso almoço era favas com chouriço. Olhei para o meu prato e a primeira coisa que disse foi: - Não gosto disto! A minha avó, de imediato, respondeu: - Se não quiseres comer, não comas. Fiquei imensamente feliz e ao mesmo tempo estranhei tanta facilidade… A minha avó era tão implacável e deixava que eu não comesse. Esperei um pouco e vi que ela não se tinha levantado da mesa para me ir fazer outra coisa que eu gostasse de co