As montras das pastelarias, os anúncios da TV e das redes sociais enchem-se de iguarias e imagens que nos lembram que chegou a Páscoa, tempo de amêndoas e folares, preparados conforme a cultura de cada região, mas sempre com o maior empenho e amor das mãos de quem os faz. E são exatamente os folares que me transportam a tempos idos, em que a casa se enchia do aroma maravilhoso dos bolos acabados de sair do forno de lenha em que eram cozidos, e que era utilizado, na nossa casa e salvo raras exceções, uma única vez por ano, para cozer os melhores folares do mundo, feitos pelas mãos dos mais velhos, supervisionados pela minha querida mãe. A festa começava no dia em que se comprava a farinha, os ovos, o leite e a manteiga, e culminava no dia em que finalmente o forno cumpria o seu objetivo, e de onde saíam aqueles bolos de aroma e sabor inconfundível, que me parece misturavam os ingredientes com alegria, amor e felicidade. Revejo-me à volta da minha mãe, a querer ajudar, com um lenço a c
O que já é hábito não causa surpresa... Curioso??