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A mostrar mensagens de dezembro, 2023

RESULTADO DUMA QUEDA... PARAGEM FORÇADA E OBRIGADA

DESPEDIDAS

Vivemos hoje o último dia de 2023, haverá com certeza várias vivências e várias formas de reflexão sobre o que foi este ano, a acontecer. Há os que vivem hoje o frenesim da festa, só a preparar a entrada em grande em 2024, rodeados de muita abundância e adrenalina, focados na positividade do ano que termina e perspetivando-a igualmente para o novo. Há os que mais humildemente revêm o que foi, mas um pouco receosos do que será… Mas há também aqueles que perante o que viveram, perderam toda e qualquer esperança, seja porque estão no limite do digno ou no limite do ânimo – uns têm falta de Tudo, outros têm falta de Todos. Eu pessoalmente despeço-me como em todos, com um misto de muita gratidão por mim e pelos meus, e a dose cada vez mais aumentada de receio pelo mundo. Porque nesta data uns passam com fervor, outros com dor, e outros tantos com temor, o 24 só traga Amor. O.C.

A MINHA CAIXINHA DE NATAL

 Corria o ano de 1965 e estávamos no início de dezembro. Todas as manhãs, uma criança de 8 anos acordava com uma motivação e excitação diferente do resto do ano. A partir desses dias e até que acontecesse aquilo porque tanto ansiava, não havia medo por não ter estudado bem a lição, não havia embaraço por não ter feito os trabalhos de casa. Afinal não havia nada que a fizesse não querer ir para a escola, e aí permanecer expectante, dia após dia e até que “aquilo” acontecesse. Não havia dia marcado, e só a certeza de que por aqueles dias “eles” chegariam à sua escola, no Posto Santo, de onde era natural e vivia a criança que era eu. A professora, nesses dias, não esperava que lhe prestassem atenção, pois centravam-na nos sons que vinham da rua, até que chegava aquele em que ouviam o roncar de um motor diferente aproximar-se e desligar-se frente à escola. Nesse instante não havia qualquer dúvida. Eram mesmo “eles”.  A alegria apoderava-se de todos, e então “eles” entravam. Normalmente doi

PREPARAÇÃO DO NATAL

  Estes dias que antecedem as festividades natalinas, causam sempre um misto de pensamentos, emoções e sentimentos. A preocupação das prendas, a preocupação da preparação da comida que vamos colocar na mesa e toda a logística envolvida nestes dias. Para onde se vai, o que se leva para casa de familiares caso as festividades não sejam no nosso lar.  Por cá tem sido bastante tranquilo. As prendas foram fáceis de pensar. O jantar da véspera é numa casa, o almoço será noutra casa. Levaremos apenas as prendas e o que tiver sido combinado com cada casa. Apenas e só. E possivelmente, mais um ano em que se irá constatar que é tudo demais. Comida e presentes. Por isso esta decisão de comprar a prenda certa para cada um faz tanto sentido. Numa altura em que tudo está mais caro, inclusive o pão que desempenha um papel tão importante na nossa mesa, é essencial que realmente se pense nas quantidades do que se vai ter.  Este ano, o Natal teve também uma preparação ainda mais deliciosa para mim: a pr

PERDOA

H á uns tempos deixei que algo me afetasse sem me ter dado conta na devida altura. Um meu superior hierárquico deu-me a entender que eu não conseguiria terminar o projeto de mestrado que estava a desenvolver porque era necessário muito foco. Não dei importância... Não respondi… Mas fiquei a magicar… Afinal até dei importância… e ainda bem!  Ainda bem que magiquei e ainda bem que aquele comentário de quem até ainda não conseguiu obter o grau de mestre não impediu que eu não conseguisse terminar a minha tese. Sou grata! Gratíssima! Porque esse comentário deu-me força para não desistir, deu-me foco e persistência para lutar.  A propósito deste episódio partilho convosco o texto do escritor, cronista e filósofo José Luís Nunes Martins : PERDOA, NÃO ALIMENTES AS TUAS MÁGOAS  Quando algo nos magoa, importa que sejamos capazes de o tratar e sarar. Quem busca através do ódio, da violência ou até de uma fria vingança repor a justiça, agrava o mal que o aflige, em vez de o curar.  Quantas vezes

QUE SORTUDA SOU

  No meio de tanta confusão no âmbito político, no meio de tanta agitação no que toca a reivindicações das diferentes classes profissionais e ainda no momento em que o Presidente da República acaba de decretar novas eleições para o dia 10 de março, eis que dou comigo a pensar que eu sou uma pessoa muito afortunada. Sim, sinto-me afortunada por ter médica e enfermeiro de família, num panorama onde ter este privilégio, se resume, infelizmente, a um número considerado bastante escasso de pessoas. Tenho alguém a quem chamo de “minha” médica e ainda um outro profissional a quem chamo de “meu” enfermeiro, quando falo sobre eles a terceiros. Este sentido de posse, traz-me serenidade, traz-me segurança, traz-me sobretudo segurança para continuar a trilhar o caminho que tenho pela frente, neste momento. Estes dois maravilhosos profissionais, demonstram sempre ter tempo para me ouvir. Demonstram interesse em descobrir as maleitas de que vou sendo alvo, no sentido de me dar uma melhor qualidade d