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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2023

RESULTADO DUMA QUEDA... PARAGEM FORÇADA E OBRIGADA

AVÓS

  No passado dia 26 de Julho, celebrou-se o dia mundial dos Avós. Não vou estar aqui a elencar as imensas definições de avós. Vou dedicar algumas palavras a todos os avós que não tiveram por parte dos seus netos nenhuma visita, nenhuma mensagem, nenhum telefonema, enfim, nada. Imagino o que terão sentido. Quantas vezes não olharam para o telefone?  Quantas vezes não foram espreitar à janela? Quantas vezes não foram certificar-se se havia ou não uma mensagem? Sinceramente, nunca liguei muito a este tipo de celebrações mas, com o avançar da idade, tornei-me num homem mais lamechas, mais sensível, mais de lágrima fácil, se é que me entendem. Por isso mesmo, aqui estou a dizer aos avós em causa que não se magoem. Que encarem esta falta de “lembrança” ou de sensibilidade por parte dos netos, como algo “natural”. Não lhes contem o que sentiram, nem lhes cobrem a atitude, ou a falta dela. Continuem a inundá-los de amor. Mais tarde eles irão perceber o que se sente. Para falar verdade, nunca m

FÉRIAS

Verão. Julho. Calor. Férias do trabalho. Todas as condições reunidas para uns dias fantásticos estará o leitor a pensar.  Esta época tão feliz para alguns e que nos traz descanso, sossego, passeios, pele bronzeada e lanches tardios, traz para outros um stress inigualável.  Falo do stress da preparação da ida de férias. Se fores sozinho, tudo bem – exceto havendo horários a cumprir quando se trata de voos, excursões e visitas programadas – vais articulando os teus horários conforme os teus apetites.  Se sais às 9 ou às 10 é indiferente. Se levas 2 malas ou apenas o mínimo dos mínimos é indiferente. A coisa complica quando há tamanhos e pesos de malas e se vais em família incluindo crianças que exigem sempre uma atenção mais do que redobrada de vestuário, de alimentação, de rotinas de sono,… quem tem crianças sabe.  Ora, fui de férias ontem e voltei hoje. Fui para o sítio de sempre porque em equipa que vence não se mexe. Só que este ano, tudo foi diferente: fui em família e até aqui, tud

PENSAMENTOS QUE ASSALTAM

A idade vai passando e quando entramos no outono ou no inverno da nossa vida, a reflexão passa a ser nossa companheira diária. Falamos menos e observamos muito mais. Quem dera que tivesse sido assim durante a minha vida toda. Todos os dias sou “assaltada” por memórias da minha verdadeira natureza. Questiono-me frequentemente sobre esse facto. Não sei bem como interpretá-lo. Não me incomoda, mas surpreende-me. Por outro lado, dou comigo a pensar na sociedade atual. A sociedade que instiga à esperteza, em vez de promover a sabedoria. A sociedade que enaltece tudo o que é fútil e descartável. A sociedade que venera o luxo!  A generalidade das pessoas acha-se “sofisticada”. Promove-se a mentalidade de consumo, apesar dos tempos conturbados que nos cercam com as constantes subidas das taxas de juro, com a guerra que teima em permanecer e com as pessoas que parecem que se habituaram já a estes fatores, pelo que vivem a sua vida como se nada se passasse. Ouve-se frequentemente que a atitude m

CIDADE DO PORTO

  Eu vivo a 6 quilómetros da cidade do Porto. Dantes eu vinha cá amiúde. Presentemente é raro mas, de cada vez que venho fico de boca aberta. Onde está o português cidadão desta cidade? Nunca vi tantas nacionalidades juntas na cidade como agora. Vim jantar a um restaurante tailandês a convite de uns amigos. Mais propriamente ao Thailander. O encontro era às 20.00 h. Como cheguei cedo e ainda tinha de esperar pelo meu marido decidi sentar-me numa esplanada e qual não foi o meu espanto quando o empregado se dirige a mim em inglês. Não falava português. Pelas feições, devia ser asiático. Tive que falar com ele em inglês! Isto na minha cidade do Porto! Ao que nós chegamos. Quando dermos por isso o Porto com portugueses não existe. Existirá um aglomerado de nacionalidades. O progresso é bom, sem dúvida. Mas se não tivermos cuidado isto deixa de ser nosso... Continuo a escrever este texto após ter jantado no Thailander. Não tinha conhecimento da cozinha tailandesa e estava com algum receio.

A COLCHA DE CROCHÉ

Li muito atentamente, como é meu hábito, o texto do passado domingo aqui do uploading4ever e decidi de imediato, ir, literalmente, abrir o meu baú. Não se trata de baú, em termos figurados mas sim, de baú – arca. Fui tirando, muito cuidadosamente,  peça a peça que lá tinha guardada. Não sei exatamente o que me levou até lá, mas sei que senti um prazer gigante no toque que lentamente ia fazendo em cada uma das peças. Que recordações incríveis. Que bem me senti! Que saudades boas, sem explicação plausível! De repente, a colcha de croché que fizeste para mim mamã. Dizias que era para o meu enxoval. Retirei-a com imenso cuidado. Manuseei-a como se estivesse a tocar e a acariciar as tuas mãos. Fui assaltada pela tua imagem, sentada a fazer croché, a dar azos à tua liberdade criativa. Aquele cheiro a linha de crochet, aqueles quadrados a formarem desenhos maravilhosos que na altura, não valorizei e de que hoje me arrependo severamente por isso. Tanto sacrifício na compra daquela linha, tanta