A idade vai passando e quando entramos no outono ou no inverno da nossa vida, a reflexão passa a ser nossa companheira diária. Falamos menos e observamos muito mais. Quem dera que tivesse sido assim durante a minha vida toda.
Todos os dias sou “assaltada” por memórias da minha verdadeira natureza. Questiono-me frequentemente sobre esse facto. Não sei bem como interpretá-lo. Não me incomoda, mas surpreende-me.
Por outro lado, dou comigo a pensar na sociedade atual. A sociedade que instiga à esperteza, em vez de promover a sabedoria. A sociedade que enaltece tudo o que é fútil e descartável. A sociedade que venera o luxo!
A generalidade das pessoas acha-se “sofisticada”. Promove-se a mentalidade de consumo, apesar dos tempos conturbados que nos cercam com as constantes subidas das taxas de juro, com a guerra que teima em permanecer e com as pessoas que parecem que se habituaram já a estes fatores, pelo que vivem a sua vida como se nada se passasse.
Ouve-se frequentemente que a atitude mais nobre e sensata é cuidar dos outros, em vez de cuidar de si próprio(a).
Não sei o que poderíamos fazer para alertar quem anda distraído, mas gostava que fosse inventado um espelho. Um espelho especial que nos mostrasse, quem somos verdadeiramente e qual a nossa realidade!
MF
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