Avançar para o conteúdo principal

INTERRUPÇÃO NÃO PROGRAMADA

CIDADE DO PORTO

 



Eu vivo a 6 quilómetros da cidade do Porto.

Dantes eu vinha cá amiúde. Presentemente é raro mas, de cada vez que venho fico de boca aberta.

Onde está o português cidadão desta cidade?

Nunca vi tantas nacionalidades juntas na cidade como agora.

Vim jantar a um restaurante tailandês a convite de uns amigos. Mais propriamente ao Thailander. O encontro era às 20.00 h.

Como cheguei cedo e ainda tinha de esperar pelo meu marido decidi sentar-me numa esplanada e qual não foi o meu espanto quando o empregado se dirige a mim em inglês. Não falava português. Pelas feições, devia ser asiático. Tive que falar com ele em inglês! Isto na minha cidade do Porto!

Ao que nós chegamos. Quando dermos por isso o Porto com portugueses não existe. Existirá um aglomerado de nacionalidades.

O progresso é bom, sem dúvida. Mas se não tivermos cuidado isto deixa de ser nosso...

Continuo a escrever este texto após ter jantado no Thailander. Não tinha conhecimento da cozinha tailandesa e estava com algum receio. Mas gostei. Evidentemente tive de ler e reler a ementa com todo o cuidado para escolher em conformidade com o meu gosto e o meu estômago.

Optei por um prato com pato (pouco), arroz (muito), alguns legumes (poucos) e um molho delicioso carregado de caril mas muito bom. Pedi com pouco picante e, realmente, cumpriram. Serviço muito bom. Acompanhei com um copo de vinho verde branco fresquinho.

Jantei tarde contrariamente ao que estou habituada. Começamos a comer pelas 21.30 h. Muito tarde para mim. Eramos onze pessoas. Alguns chegaram atrasados. Por isso compreende-se a hora tardia.

De facto, valeu a pena. 

Só fico triste por ver o meu Porto tão invadido, invadido demais. Se isto é progresso, duvido.

ES


Comentários

Mensagens populares deste blogue

A MINHA VIAGEM AO JAPÃO

Verdade, fui ao Japão. Verdade, aventurei-me a, depois de 2h30 de viagem para Lisboa, meter-me num outro avião para, durante 7h30, fazer Lisboa-Dubai, e ainda noutro para mais 9h30 até Tóquio. Ainda hoje me pergunto como me aventurei a tal, eu que me arrepio sempre que se fala em viagens de avião. Mas fi-lo e ainda bem!   O Japão nunca foi um país que me despertasse grande interesse, logo uma viagem que, não fosse a minha amiga Manuela, provavelmente não teria feito. Por diversas vezes já lhe agradeci e vou sempre agradecer-lhe ter-me ligado, naquele dia, a dizer-me “… vamos?” Mas, se nada é por acaso, é porque agora é que era a altura certa para a fazer, pois a idade já me permitiu uma plenitude que antes não alcançava. Já regressei há vários dias e ainda não “aterrei” no meu quotidiano. Continuo, a cada minuto, a visualizar imagens, paisagens, gestos e atitudes que me levam ao que, agora, considero um outro mundo. Um outro mundo em que é notório o respeito pelo outro, nomead...

A ARTE, A BELEZA E A GRATIDÃO

  Sou frequentadora assídua da Confeitaria Paulista na Maia, onde a D. Elvira e o Sr. Jorge Mendes (proprietários), fazem questão de nos receber de “braços abertos.” Tomo o meu café e pão com manteiga neste maravilhoso espaço. É um local muito familiar. Um espaço onde nos sentimos muito bem!!!  Somos bem recebidos; Bem tratados; Bem-vindos!!! Sentimo-nos em casa. A D. Elvira faz questão de nos fazer sentir únicos. Há uns dias, tive oportunidade de ver uma autêntica obra de arte saída das mãos do proprietário da Confeitaria Paulista. Trata-se da peça cuja fotografia está a ilustrar esta publicação. Ao ter acesso ao dito quadro, acreditem, que senti ARTE, que senti BELEZA e depois de saber a história que o envolve, senti que ali, existia GRATIDÃO.  Ora o Sr. Jorge Mendes, decidiu pôr mãos à obra e fazer este maravilhoso trabalho em pão. Sim, trata-se de pão e não outro material qualquer. Explicou-me as múltiplas e morosas voltas que este trabalho dá, até chegar ao resultado...

A LOUCURA DO MUNDO

  Tinha decidido que hoje escreveria de novo sobre a minha viagem ao Japão, e que vos contaria algumas peripécias dignas de registo humorístico, daquelas que sempre me acontecem e me divertem ao ponto de querer partilhar com outros, e porque me faz feliz. Faz-me feliz fazer aparecer um sorriso no rosto de quem lê os meus textos, um sorriso que muitas vezes anda escondido e tarda em aparecer. No entanto, nem sempre isso é possível, e hoje não pode ser assim. Hoje tenho de partilhar convosco a minha tristeza, a minha revolta, a minha frustração. Desculpem-me mas terá de ser assim. Logo pela manhã, como habitualmente, abri o rádio para me atualizar acerca do que se passa no nosso país e para além dele, e o que fui ouvindo fez-me decidir que não concluiria o meu texto nos termos em que tinha pensado. Não tinha esse direito perante o que estava a ouvir. Se o fizesse era como se também estivesse a assobiar para o lado perante o horror que me descreviam. Apesar de ser uma peça insignifica...