Chega dezembro, e nada me motiva para o espírito natalício que sinto acontecer à minha volta. São as montras repletas de decorações, as luzes das iluminações das ruas, e a feira de natal que se enche de gente. Nada disto me anima e quase me irrita. Mas é natal, dizem-me, como se isso bastasse para me alegrar. Chego assim ao dia 16 de dezembro, em que decido que tenho mesmo de fazer algumas compras obrigatórias. Saio cedo, pois não me apetece andar em lojas repletas de gente, com sacos cheios, a esbarrar em tudo e todos, e a desejar bom natal quer nos conheçam quer não. Já na rua, apercebo-me de um desfile de crianças que, vindas de escolas e colégios do concelho, enche por completo a nossa Rua da Sé. Vejo os olhinhos dos pequeninos a brilharem nos seus fatinhos de pai natal, e até vejo o Tomé, meu sobrinho bisneto, vestido de S. José, a abrir o grupo do seu colégio. Lindo o “meu” Tomé. Chamo-o, digo-lhe que está lindo, presenteia-me com um lindo sorriso, e segue muito compenetrado do
O que já é hábito não causa surpresa... Curioso??