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A mostrar mensagens de novembro, 2022

RESULTADO DUMA QUEDA... PARAGEM FORÇADA E OBRIGADA

QUEM SOU EU?

É curioso porque inconscientemente já me perguntei por diversas vezes quem sou eu, o que faço aqui, que metas tenho na vida. É só isto que vai ser a minha vida?  Já culpei pessoas por achar que elas não me deixaram ser quem eu queria. Já achei que tinha certezas sobre tudo, mas depois comecei a ter dúvidas. Já tive um turbilhão de sentimentos contraditórios dentro de mim, questionando-me sobre as minhas qualidades, sobre os meus objetivos de vida, sobre a vida que quero.  Às vezes parece que a sociedade nos impinge um modelo de vida que temos todos de ter, sem o qual nunca seremos felizes... mas depois, aos poucos, e com uma orientação perfeita, fui descobrindo que os modelos parametrizados de pessoas que existem na sociedade não são para mim.  Eu sei agora o que me faz feliz. Sei o que quero, o que preciso... e só preciso, antes de mais, de ser sincera comigo mesma. Não adianta vestir o último grito da moda se essa moda não se identifica comigo. Não adianta tentar ser uma rosa linda d

SENTIMENTOS

  Hoje falo-vos de sentimentos desinteressados. Pois os portadores destas emoções, são demasiado inocentes e a sua manifestação é completamente espontânea e genuína. São crianças, trabalho num Jardim de Infância.  Crianças de tenra idade, mas que nos transmitem para além da confiança no trabalho que já está feito, a esperança de que vale a pena acreditar e continuar a fazê-lo. Dão-me todos os dias mostras de que devo investir e nunca “desistir” de nenhuma delas. Trabalho muitas horas do dia rodeada de pequenos seres que por vezes não são fáceis, e os dias parecem longos. Mas não há nada que se compare (sem contar com declarações daqueles que são “nossos”), às palavras com que nos brindam de recompensa ou os abraços apertados que me dão, carregados de saudades.  Daquelas pequenas bocas inocentes, saem tesouros como “Tive muitas saudades tuas…” ou até o “Vou ter saudades tuas…” quando lhes digo que é fim-de-semana e vamos estar dois dias sem nos vermos. Abraços que não se desapegam, mesm

QUANDO A NOSSA MENTE NOS PREGA PARTIDAS

  A doença mental. Não sou psiquiatra, mas sou atenta a determinados comportamentos, todos nos cruzamos com gente dita desequilibrada, que subvalorizamos, acreditando se tratar de atitudes malcriadas, resultado de adições ou desajustados, ou sem-abrigo, pessoas no limiar da pobreza, esta não só económica, mas também de vivência e de convivência. Apesar de alguns tentarem ajudar, na sua boa vontade e com solidariedade, efetivamente este esforço só dificilmente consegue colmatar e em alguns casos diminuir, a falta de atenção do Estado, ao sofrimento dessas pessoas. Há tanta gente doente mental, os desajustados com o modo de viver desta sociedade, não conseguindo lidar bem com o ritmo e as exigências quer no trabalho ou na sua vida familiar, a circular por aí, sem falar dos “doidos” e estes últimos sem nos apercebermos,  passam por “gente normal”, andam descompensados, desamparados, não medicamentados, e às vezes “salta-lhes a tampa”, hoje não se fala dos “doidos” até parece que deixaram

O PODER DO MOMENTO

  Começa a loucura. Começa o marketing em força no sentido das compras de Natal e afins. A azáfama instala-se e parece que nada de grave se passa no mundo.  As pessoas esquecem-se da guerra, das vítimas delas, do sofrimento, da fome, da doença, da inflação, das dificuldades e viram-se para as “luzes” das montras, para os slogans onde a palavra desconto tem destaque e a correria desenfreada toma lugar. Tenho-me interrogado muito a este propósito. O que nos faz mudar tão repentina e drasticamente? Será o calendário? Será a tradição? O que será realmente? Falo comigo. Questiono-me e não encontro resposta nenhuma para esta pergunta. Da cooperação, passamos à indiferença. Das queixas constantes relativamente aos aumentos de preços, passamos a uma fase de compra por impulso e tudo parece encaixar na perfeição relativamente aos nossos desejos e às nossas concretizações. Tenho muito receio dos próximos meses. Tenho receio das loucuras que as pessoas cometem para satisfazerem os caprichos dos f