Começa a loucura. Começa o marketing em força no sentido das compras de Natal e afins.
A azáfama instala-se e parece que nada de grave se passa no mundo.
As pessoas esquecem-se da guerra, das vítimas delas, do sofrimento, da fome, da doença, da inflação, das dificuldades e viram-se para as “luzes” das montras, para os slogans onde a palavra desconto tem destaque e a correria desenfreada toma lugar.
Tenho-me interrogado muito a este propósito. O que nos faz mudar tão repentina e drasticamente? Será o calendário? Será a tradição? O que será realmente?
Falo comigo. Questiono-me e não encontro resposta nenhuma para esta pergunta.
Da cooperação, passamos à indiferença.
Das queixas constantes relativamente aos aumentos de preços, passamos a uma fase de compra por impulso e tudo parece encaixar na perfeição relativamente aos nossos desejos e às nossas concretizações.
Tenho muito receio dos próximos meses. Tenho receio das loucuras que as pessoas cometem para satisfazerem os caprichos dos filhos, netos, companheiros, companheiras, enfim, para “comprar amor”.
Tudo passa rapidamente, mas os encargos que as compras desenfreadas originaram, permanecem e, sem dó nem piedade, irão ser cobrados.
Se para muitas famílias a situação financeira já estava complicada, imaginemos depois de toda esta loucura, como ficará?
Isabel R. S.
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