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A mostrar mensagens de outubro, 2022

MERCEDES?

N2 - parte II

  A preparação para realizar a viagem está a incluir a consulta de mapas rodoviários, a descoberta da existência de um passaporte, que é o testemunho da efetivação da viagem a determinação do número de dias, a decisão de onde pernoitar, de onde tomar as refeições e do que ver em cada um dos concelhos e a constatação de que a viagem pode ser feita de bicicleta, de mota ou em veículo automóvel. Fonte: Município de Mora A primeira decisão foi a realização da viagem em veículo automóvel tipo SUV por ser a que melhor se adequa `a nossa faixa etária (mais de setenta anos). A segunda foi relativa à obtenção do passaporte. Este obtém-se, de forma gratuita para quem inicia no Km zero e não é de Chaves, no posto de turismo da cidade desta cidade. Caso contrário, o seu custo será de 1€.  Este passaporte é um documento onde se identificam os participantes da viagem e onde é preciso carimbar os espaços de cada um dos concelhos que a N2 atravessa.  Estes carimbos comprovativos da passagem por cada c

N2 - parte I

Foto: www.vagamundos.pt Para nós esta viagem será mágica. Será muito marcante. Sinto isso! Quem percorre Portugal hoje não imagina o que era o nosso país sem autoestradas. As Nacionais são vistas como estradas vetustas, quase sempre com limitações de velocidade muito baixas, em muitos casos com bermas perigosas, noutros casos atravessando cidades, vilas, aldeias e lugares, misturando-se com as suas artérias e fazendo-nos recordar o país que éramos. Nos últimos anos comecei a ouvir falar em algumas delas, quer pela beleza paisagística, quer pelo património construído que as bordejam, ou pelas histórias que escondem ou pela História que ajudaram a construir. A mais falada de todas é, sem dúvida, a EN2 (Estrada Nacional nº 2) . De tanto ler sobre ela e de ouvir falar nela, nasceu em mim a curiosidade de a percorrer. Esta curiosidade foi paulatinamente transformando-se em anseio difícil de controlar, como algo em que quotidianamente é alvo dos nossos pensamentos. Decidi que tinha que concr

A IMPORTÂNCIA DE UM CLIPE

Clipe é um substantivo masculino. Refere-se a uma pequena peça de metal ou plástico que serve para prender folhas de papel. Pois é, isto é o que o dicionário menciona, mas, um clipe, pode ser algo bem diferente… Há mais de 50 anos, foi-me contada uma história de alguém, que se encontrava sem emprego e estava completamente desesperado pois não tinha dinheiro algum para se sustentar a si e à   sua família. Era mecânico de profissão. Tinha 37 anos e pela primeira vez na vida, estava desempregado. Calcorreava as ruas da cidade do Porto, procurando garagens onde pudesse ir oferecer os seus préstimos. Lá ia entrando e saindo sem alcançar o seu objetivo. Um certo dia e quando já se encontrava desesperado e a equacionar a hipótese de mudar de profissão, eis que entra na garagem Batalha e pede para falar com o patrão. Indicam-lhe o caminho e ele lá sobe as escadas que iam dar à “gaiola em vidro” onde o patrão se encontrava e de onde poderia ver o funcionamento da sua garagem na globalidade. Ent

SAUDADE

- Bom dia. Um café por favor. - Com certeza. Desculpe, está a chorar? Vejo lágrimas nos seus olhos. - Sim estou. E se lhe contasse por que razão tenho lágrimas nos olhos o senhor ficaria atónito e diria: Como é possível? Pois vou lhe dizer. Vinha agora no carro a ouvir na telefonia os GNR a cantar uma canção já com alguns anos e que é cantada a mais do que uma voz. E.... eu recordei-me de quando tinha entre os 15/17 anos. Havia um grupo de rapazes com violas que se juntavam para compor e cantar canções que eram sempre cantadas em coro.  E eu fui, há instantes, transportada para esse tempo e esses amigos, jovens como eu, no tempo dos “teddy boys”. Juntávamo-nos todos na cave de casa dos meus pais e eu gravava essas canções no meu gravador Grundig (que ainda tenho). Qualquer dia vou abri-lo e ouvir. E vou chorar. Gostava tanto, mas tanto de os reencontrar. Tenho tantas, mas tantas saudades desse tempo, em que tudo era fácil, bonito, arrebatador. Ai se eu pudesse revê-los, se eu os pudess

Afinal quando começa o ano?

Mais um ano que começa. Aprendi que o ano tem doze meses e que começa sempre no dia 01 de Janeiro e termina no dia 31 de Dezembro e, realmente, assim é. O ano civil é assim que funciona.  Para mim, é muito curioso que de há uns anos para cá, eu tenha começado a considerar que o ano começa em Setembro, depois de férias. Estou a tentar fazer um exercício de memória para me lembrar qual o momento que me levou a tomar esta decisão e sinceramente, não me recordo. É habitualmente em Agosto que eu tomo decisões e anoto estratégias para alcançar os objetivos a que me proponho nos 12 meses seguintes. Sinto-me bem a fazer isso. Parece que tenho conseguido alcançar tudo aquilo a que me proponho desde que cortei com o ritual da passagem de ano e dos habituais 12 pedidos para o ano seguinte. Um dos meus objetivos do ano anterior era voltar a estudar.  Decidi, planeei, executei e aqui vou eu. Sim, vou voltar a estudar e vou acompanhada do meu filho. Que sensação gigante! Isaura Filomena