Saí da minha rotina durante cinco dias, viajei. Não muito tempo, nem para muito longe, mas durante esse período apreciei pessoas. Não que habitualmente não o faça, mas em férias estamos mais disponíveis, mais atentos, mais predispostos e com menos distrações/ocupações.
Apreciei os opostos presentes na postura e nos comportamentos das pessoas, desde a imensa simpatia e disponibilidade da “equipa” do hostel onde fiquei (todos ingleses) que confiam em pleno nos seus hóspedes e transmitem, assim, igualmente essa confiança, bem como noutros locais: cafés, restaurantes, supermercados com agradável atendimento.
Cruzei com desconhecidos na rua, que percebendo-nos de malas, na direção da localização dos transportes, nos desejarem boa viagem de regresso.
Contudo, encontrei também quem estava ali a “fazer frete” e alguém até a roçar a arrogância ou antipatia (por acaso, chinesa) nesse mesmo tipo de locais. Bem como na rua um ciclista (português que até ostenta a bandeira) com os alforges da bicicleta carregados de mania e prepotência que resolve reclamar em voz alta com todos os que segundo ele vão ocupar a sua via de circulação indevidamente.
Quanto à viagem em si, que foi de comboio, experienciei os fantásticos atrasos que depois impedem de cumprir com as ligações seguintes, mas encontrei a cima de tudo funcionários excelentes da CP que compensaram todos esses contratempos. Seja na bilheteira (Porto-Campanhã) onde tive de trocar o bilhete por ter período o comboio anterior e tive uma atenção extrema, seja no interior com os diversos revisores que encontrei (pois fiz várias ligações, quer na ida quer na volta); e até a senhora da limpeza (estação da Trofa) que não estando a bilheteira aberta nem por ali mais ninguém que prestasse informações, fez um serviço público, como poucos. Mostrando empatia por quem necessitava de esclarecimento preparando-se ela para limpar as casas de banho, era a pessoa mais disponível e de boa vontade que ali podiam ter.
A humanidade é isto, a humanidade é um misto.
OC.

Também gosto muito de apreciar o comportamento das pessoas que comigo se cruzam, e mais ainda se estou com disponibilidade mental para isso.
ResponderEliminarUm dia destes partilho convosco algum desses momentos.