No verão, no calor de um comício, saiu mais uma promessa da boca do nosso Primeiro Ministro.
Os pensionistas vão receber um bónus em Outubro. Este vai oscilar entre os €200,00 e os €100,00.
A reação à promessa foi morna, não entusiasmou, mas sempre é qualquer coisa. Mais vale 100 ou 200 do que nada dizem uns. Não chega para nada dizem outros.
É só reparar no tempo que a comunicação social dedicou ao tema para constatar que o assunto não merece grande importância.
Uma das vantagens de ser pensionista ou de ser aposentado ou de estar na situação de reformado (confesso que uso sem critério qualquer destas expressões) é ter tempo. Tempo que é necessário preencher.
Compreender a razão de ser das guerras é uma das ocupações possíveis, perceber porque cada vez existem mais cheias , mais secas, a aplicação ou não do novo acordo ortográfico, são outras ocupações do tempo possíveis.
Outras ainda serão as ocupações que girem à volta do desporto, como analisar porque é que o Sporting está em primeiro lugar e não o Benfica ou o Porto.
Outros gostam de ocupar o tempo nos jardins ou hortas que possuem.
Enfim, tudo ocupações que os pensionistas/aposentados/reformados podem dar ao seu tempo.
Analisar a promessa do nosso Primeiro foi o que resolvi fazer.
Pareceu-me perfeitamente escorreita. Observando que os pensionistas não navegam em dinheiro Montenegro resolveu ajudá-los com uns “cobres”. Tudo bem . Mas eis que me surge uma dúvida, Aqueles que estão nas fronteiras entre os 200, os 150 e os 100. Será que que aqueles que recebem mais por mês (tiveram carreiras contributivos maiores) vão chegar ao fim do ano e recebem menos?
Caso não haja qualquer ação corretora é o que vai acontecer.
Seria fastidioso dar exemplos mas se for preciso dá-los-ei
Eduardo Freitas
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