No domingo passado falei da preparação, mas sem fornecer as partes mais aborrecidas.
Sexta-feira antes da viagem, jantei e de seguida, tratei da mala. Tinha tudo preparado, mas a mala ainda permanecia arrumada… mala pronta, casa em ordem, tudo orientado… decidi descansar 2 horas e tratei de tudo o resto para poder sair. Fomos de carro até ao aeroporto e aí chegados, tratar de despachar as nossas três pequenas malas (nenhuma chegava sequer aos 15 Kg). Pequeno-almoço: tomado. Café: tomado (mal sabia eu que tomaria outro bom café uma semana depois, mas já lá vamos).
Como falei na minha anterior publicação, o meu receio de voar impede-me de conhecer sítios e culturas. Tenho consciência disso. Após o pequeno-almoço, tomei a medicação e rapidamente começou a fazer efeito. E esse efeito perdurou até depois das 14h de sábado. Efetuamos o embarque, fomos transportados de autocarro e entramos no avião… rapidamente me senti fechada. Respirei fundo. Contei até 1000. Comecei a ler o livro que levei. Adormeci. Acordei quando um passageiro se sentiu mal. Não consegui ajudar. Não me levantei, mas permaneci entorpecidamente atenta. Não transmiti para a família o que me passava pela cabeça e sobre todos os meus receios até voltar a colocar os pés no chão.
Estas modalidades de viagem, permitem que apenas haja preocupação em chegar ao aeroporto dado que após a chegada ao destino, cuidam de nós. Verdade. Chegados a Djerba, alguém nos encaminhou para o transporte que nos levaria ao hotel onde estaríamos 7 dias. Só neste momento nos apercebemos do calor húmido tão característico.
Devastador. Esta é a melhor definição que posso dar. É a minha perceção. Tão habituada à cidade, aos altos edifícios em betão, às ruas com passeios, às sinalizações. O terreno é plano, árido, vazio, triste, pobre, pouco populoso e pouco ocupado. O hotel é típico de praia e piscina. Para quem esteja pouco familiarizado, as tipificações dos hotéis são as mesmas, mas a qualidade pode variar. Num destino de praia, não há alcatifas! O hotel tem as condições necessárias para dormir e comer.
Assim que chegamos foi-nos possível almoçar de imediato e o check in feito. O receio da alimentação rapidamente se perdeu. A comida era tão variada, tão deliciosa e saudável, tão bem confecionada. Sempre fui habituada a comer de tudo pelo que não houve qualquer problema em experimentar o que lá havia. Sopa, pão, comida e a fruta eram deliciosas. Os doces disponíveis nem por isso. Felizmente a água com gás era fantástica dado que a água era bem diferente da nossa água engarrafada. O café? Bem… ansiei 7 dias por um café.
Caro leitor, confesso que até então não houve qualquer problema exceto a água e o café. Foi a primeira coisa que comentei com a minha mãe e esperei ansiosamente pela chegada ao Porto. Além das saudades da cama, como é lógico.
E por esse lado, caro leitor? O que mais sente falta quando viaja? O que se torna imprescindível?
mjsoares
Tenho por hábito fazer com antecedência uma lista de coisas a levar para férias e, ano após ano, verifico que levo sempre mais do que aquilo que necessito. Afinal precisamos de tão pouco...
ResponderEliminarObrigada pelas duas perguntas que faz no final do seu texto. Fez-me pensar. Nunca me questionei dessa forma.
ResponderEliminar