Por estes dias assinalaram-se os oitenta anos do desembarque na Normandia. Este momento alto da II Guerra Mundial marcou, na prática, a entrada dos Estados Unidos na mesma.
A Alemanha já estava muito enfraquecida e a progressão do exército dos Estados Unidos pelo Ocidente e do exército da União Soviética pelo lado contrário fez-se com alguma facilidade. A Alemanha chegou a recrutar adolescentes para as diversas frentes mas a guerra estava perdida.
Em 1945 Hitler suicidou-se, a Alemanha rendeu-se e o Japão ajoelhou perante duas bombas atómicas dos Estados Unidos. O bombardeiro tinha o nome de Enola Gay e as cidades de Hiroxima e Nagasaki, destinos das mesmas, ficarão para sempre na nossa memória como exemplo da loucura humana.
As bombas lançadas pelo Enola Gay, em comparação com as que existem hoje nos arsenais dos Estados Unidos e da Rússia, sucedânea da União Soviética, eram muito menos agressivas e mesmo assim as consequências foram terríveis.
Estas recordações fazem-me pensar nas eleições europeias , na guerra da Ucrânia, no genocídio da faixa de Gaza e relembrar que a História é sempre contada pelo vencedor.
N II guerra mundial os “maus” eram a Itália, o Japão e a Alemanha.
Na actualidade os “maus” são a China e a Coreia do Norte (em substituição do Japão), a Rússia (substitui a Alemanha e a Itália) e o Irão.
No Pacífico os Estados Unidos enfrentam a China, ainda sem guerra, no Médio Oriente os Estados Unidos ajudam Israel a enfrentar o Irão e as organizações militares xiitas (esta frente está um caldeirão de desumanidade e de difícil percepção quanto à sua evolução) e na Europa a Rússia enfrenta a União Europeia, a Nato e está em guerra com a Ucrânia.
Por cá, vejo muitas pessoas a quererem uma guerra a todo o transe.
Exibem este querer na campanha eleitoral para as eleições europeias de hoje (9 de Junho de 2024) em comentários nas emissoras de som e imagem e são, quantas vezes, os próprios profissionais da comunicação a difundirem este desejo.
Será que percebem o significado do que desejam, será que a guerra não será feita por homens e mulheres, que são filhos, netos e outros parentes dos que anseiam pela guerra?
Se pensam na ajuda que virá do outro lado do Atlântico, lembrem-se do Vietnam, do Afeganistão, e não cometam erros de solução difícil.
Eduardo Freitas
Ilustre Eduardo, a Humanidade precisa de um abanão....não de aumentos salariais ou baixa de impostos etc etc...de certeza que não viemos pro Mundo para nos matar uns aos outros ....
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