É um problema meu!
É um problema nosso!
É um problema da sociedade!
Assusta-me o ritmo alucinante das notícias dos suicídios, das tentativas de colocar termo à vida, ao nosso lado, na televisão, nos famosos, em crianças, jovens ou adultos.
O que se está a passar?
Serão as depressões desvalorizadas?
É fácil diferenciar com clareza um problema mental de um comportamento normal?
A tristeza é normal no nosso dia a dia, a ansiedade, o stress, desânimo, alterações de humor… Tantos são os sintomas que se podem confundir e não perceber a sua gravidade.
Quando acontece um suicídio ou tentativa, amigos e familiares perguntam-se como não se aperceberam que havia algo errado e culpam-se porque não puderam impedir tal ato.
Escreve-vos, não um especialista de saúde mental, mas alguém que já teve de recorrer a profissionais de saúde para poder sair de um esgotamento mental/depressão.
Percebi que precisava respeitar os limites do meu corpo quando deixei de dormir dias a fio. O relógio biológico não obedecia às rotinas. O botão “off” tinha avariado e com ele uma série de problemas, desde dores de cabeça, lapsos de memória, alterações na fala, choro fácil, cansaço.
Não podia continuar assim!
Consegui consulta de urgência pelo SNS e, felizmente, encontrei o Dr. Patrício Ferreira, excelente Psiquiatra, que me ajudou a identificar o(s) problema(s) e trabalhar neles para os poder contornar/resolver/aceitar, com a ajuda dos nossos amigos fármacos. Mesmo com tentativas/erros, porque o efeito era pontual, foi sempre possível fazer um caminho em direção à cura. Foi lento, mas consegui.
Acima de tudo, é importante ganharmos amor-próprio, não nos sentirmos “farrapos” (desculpem a expressão), não deixarmos que alguém nos faça mal, ou nos faça sentir um objeto, não permitamos que exijam demasiado de nós, não exijamos demasiado de nós também, relativizemos… Afinal, a vida são dois dias.
Estejamos atentos aos sinais, mesmo que pareçamos exagerados… Mais vale prevenir, que não remediar.
Tomásia Cunha
Muito obrigada pela partilha. Este é um tema muito sério e importante, ao qual deveremos estar muito atentos e sem preconceitos.
ResponderEliminarO Mundo "anda" muito acelerado. A Humanidade acompanha assimetricamente este "fenômeno". Os que não acompanham, perdem se e em casos extremos vai dar em baixar os braços e desistem...
ResponderEliminarNão retiro um ponto uma vírgula ao comentário DF anterior...com a Inteligência Artificial, não vai melhorar. DF
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