Avançar para o conteúdo principal

RESULTADO DUMA QUEDA... PARAGEM FORÇADA E OBRIGADA

JACOB DEAMBULA PELA CIDADE...

 

Deparamo–me todos os dias com bicicletas e motoretas de condução rápida  pelas ruas da cidade em horas de ponta ou melhor  em horas de almoço ou de jantar, quer seja semana ou fim de semana…..

São os transportadores de comida que surgiram após Covid em Portugal, sejam eles UBER EATS ou GLOVO ou qualquer outra marca.

Regra geral são jovens que atravessaram continentes ( Venezuelanos, Brasileiros, Colombianos ou outros países ) lutando por uma vida melhor em Portugal. 

Não conhecem o país e as cidades onde vivem e onde se deslocam para entregar uma caixa de comida, mas quer faça chuva quer faça sol,  esse é o seu “ganha pão”.

Fico comovida  particularmente em dias de chuva,  pois deslocarem –se para entregar comida , molhados e encharcados…  são concerteza dias extremamente difíceis.

Já me cruzei no meu prédio com alguns entregadores de comida, e, o que constato é que são de extrema educação e muito cordiais. Em plena época do Covid …. Entravam nos prédios, colocavam as caixas de comida no elevador, e marcavam o número do andar para o qual seguia a encomenda, e, via telemóvel, confirmavam com os clientes se a caixa de comida tinha chegado ao andar/ cliente certo.

Nunca consegui encomendar comida  por esta via, pois custa-me que eu possa estar sentada no sofá em casa …. E… alguém se tenha que deslocar  para me vir trazer comida a casa ….

Admiro muito estes estrangeiros ….

Um bem HAJAM e obrigada.

Paula Parracho 

Comentários

  1. Paula Parracho, sugiro que se atreva a pedir-lhes que lhes tragam comida a casa, pois assim estará a contribuir para que mantenham o seu ganha pão. Ou não será assim?

    ResponderEliminar
  2. Na minha opinião, tenho as minhas dúvidas..so me atrevo a lançar alguns caminhos que pode dar que falar....mas também não quero ser injusto...vamos lá. Porque as pessoas...não vão elas próprias comprar. Porque não cozinham? Estes alimentos já passaram por várias maos. Será mais um diferenciador para classificar a sociedade? Nem toda a gente pode ter este "luxo". Será puro capitalismo a funcionar? Será porque dá jeito.? Será isto evolução? Fico me por aqui para já....DF

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

QUANDO PERCEBES QUE NÃO HÁ VOLTA A DAR

 “A Sra. é tal e qual a minha avozinha. Ela não sai de casa sem os seus adereços. É uma querida, mas muito vaidosa”. É com esta frase que uma jovem técnica me presenteia, enquanto aguarda que eu conclua a tarefa desesperada de tirar os brincos e o colar, cujo fecho teima em não abrir. Eu, a paciente que irá fazer uma radiografia dentária. Ela, a técnica que a fará. Eu, uma mulher madura de 66 anos, convencida, até àquela hora, que em nada os aparentava. Ela uma jovem radiante nos seus 20 e poucos anos de idade. Avozinha? Eu, avozinha e mais ainda, vaidosa…   Reparem que não me comparou à sua avó. Fê-lo em relação à sua avozinha, o que para mim corresponde a bisavó.  Não faço qualquer comentário, mas lembro-me imediatamente do que brinquei com a minha amiga Fernanda, mais velha que eu 3 anos, quando me contou que, após completar os 65 anos de idade, tinha ido comprar o passe mensal para o comboio, e ao querer entregar o cartão de cidadão ao funcionário que a atendia, para que fizesse pr

MERCEDES?

Mercedes? No café em Lisboa, vejo uma senhora já com a sua idade que provavelmente se chama Mercedes, a tratar das cartas que lhe chegaram a casa ou não.  Ao mesmo tempo fuma um cigarro que colocou delicadamente no cinzeiro enquanto organiza as cartas, quiçá mais contas para pagar, outro corte na reforma. Talvez sejam as cartas de um neto emigrado a mandar beijinhos com carinho para não usar o WhatsApp. Acabou de arrumá-las e voltou a pegar no seu cigarro, marca Rothmans. Fuma-o e pensa. Será que pensa nas cartas? No calor que está? No tabaco que está caro? Ou estará a fazer uma retrospetiva da sua vida? Que Lisboa não é a mesma que conheceu; A pensar no seu primeiro amor; No sua avó, no seu avô;  no primeiro gira discos que comprou e que pagou 40 contos? no seu primeiro cigarro? Dá um gole na sua água e acende outro cigarro Rothmans. Estou numa mesa a menos de 3 metros desta senhora que não passa de uma suposição minha que se chama Mercedes. Será feliz? Devo admitir que tem muita clas

EU E OS MEUS TÉNIS PARA QUASE TODAS AS OCASIÕES

  Preciso de uns ténis para todas as ocasiões, ou quase todas, é um pensamento que me ocorre, especialmente quando, por não os ter, tenho de usar sapatos de salto, que me fazem sofrer horrores nas ocasiões que a isso obrigam. Tenho ténis de várias formas e cores, mas faltam-me os tais. Aqueles que vês nas páginas de publicidade das revistas de moda, e que pensas que, um dia, se puderes, os vais comprar. É então que na minha última viagem a Lisboa, passo por uma sapataria, e vejo em destaque, exatamente os ténis com que venho a sonhar desde há muito. Paro de imediato, e procuro ler o preço que está num talão muito pequenino, como que meio envergonhado, junto do artigo pelo qual já me apaixonei. Por este preço nem pensar, só se estivesse doida, penso eu, e sigo em frente, apesar de a algum custo. Nos dias seguintes e porque o trajeto me faz passar diariamente pela mesma sapataria, vou vendo que eles continuam no mesmo sítio. Lindos de morrer… penso eu todos os dias. Mas, por aquele preço