Avançar para o conteúdo principal

RESULTADO DUMA QUEDA... PARAGEM FORÇADA E OBRIGADA

SEM VALORES

 

A falta de noção, o desrespeito ou ingratidão são algumas das atitudes que me fazem cócegas aos nervos (para ser delicada…).

Entendo a hierarquia, quer queiramos ou não, como algo necessário ao funcionamento da sociedade. E para que esse funcionamento seja positivo, quer o poder da hierarquia deve/tem de ser bem aplicado mas também os “meros” funcionários devem saber o lugar que ocupam. 

Enervam-me os falsos sindicalismos e reivindicalismos, pois não podemos achar que somos bons funcionários só porque fazemos (ainda que por vezes, apenas no próprio entender) bem as nossas funções. Ser bom funcionário é mais do que isso, as funções qualquer um que seja bem preparado para o efeito as faz, mas a dedicação pela “casa” ou o respeito pelas pessoas, quer elas exerçam cargos inferiores, iguais ou superiores aos nossos é que fazem a diferença.

Quando oiço referir-se a alguém que exerce um cargo de diretoria, e está direta ou indiretamente acima no âmbito profissional, de A VELHA, faz-me pensar.

Ou quando alguém apelida de ESCUMALHA a sua entidade patronal, o que nos faz esperar?

Para mim, sejam estes comentários feitos em off ou de forma mais ou menos pública, revelam muito de quem os faz. Revelam a meu ver, a falta de noção do que fica bem e mal, revelam o desrespeito pelo outro e revelam a ingratidão por tudo aquilo que lhes foi ensinado, proporcionado e pelo valor monetário que lhes é atribuído todos os meses.

Resumindo, quando assim se fala de quem tem a influência e nos permite ter o prato cheio, como será sobre aqueles que estão ao lado ou pior ainda sobre os que porventura estão abaixo?

O.C.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

QUANDO PERCEBES QUE NÃO HÁ VOLTA A DAR

 “A Sra. é tal e qual a minha avozinha. Ela não sai de casa sem os seus adereços. É uma querida, mas muito vaidosa”. É com esta frase que uma jovem técnica me presenteia, enquanto aguarda que eu conclua a tarefa desesperada de tirar os brincos e o colar, cujo fecho teima em não abrir. Eu, a paciente que irá fazer uma radiografia dentária. Ela, a técnica que a fará. Eu, uma mulher madura de 66 anos, convencida, até àquela hora, que em nada os aparentava. Ela uma jovem radiante nos seus 20 e poucos anos de idade. Avozinha? Eu, avozinha e mais ainda, vaidosa…   Reparem que não me comparou à sua avó. Fê-lo em relação à sua avozinha, o que para mim corresponde a bisavó.  Não faço qualquer comentário, mas lembro-me imediatamente do que brinquei com a minha amiga Fernanda, mais velha que eu 3 anos, quando me contou que, após completar os 65 anos de idade, tinha ido comprar o passe mensal para o comboio, e ao querer entregar o cartão de cidadão ao funcionário que a atendia, para que fizesse pr

MERCEDES?

Mercedes? No café em Lisboa, vejo uma senhora já com a sua idade que provavelmente se chama Mercedes, a tratar das cartas que lhe chegaram a casa ou não.  Ao mesmo tempo fuma um cigarro que colocou delicadamente no cinzeiro enquanto organiza as cartas, quiçá mais contas para pagar, outro corte na reforma. Talvez sejam as cartas de um neto emigrado a mandar beijinhos com carinho para não usar o WhatsApp. Acabou de arrumá-las e voltou a pegar no seu cigarro, marca Rothmans. Fuma-o e pensa. Será que pensa nas cartas? No calor que está? No tabaco que está caro? Ou estará a fazer uma retrospetiva da sua vida? Que Lisboa não é a mesma que conheceu; A pensar no seu primeiro amor; No sua avó, no seu avô;  no primeiro gira discos que comprou e que pagou 40 contos? no seu primeiro cigarro? Dá um gole na sua água e acende outro cigarro Rothmans. Estou numa mesa a menos de 3 metros desta senhora que não passa de uma suposição minha que se chama Mercedes. Será feliz? Devo admitir que tem muita clas

EU E OS MEUS TÉNIS PARA QUASE TODAS AS OCASIÕES

  Preciso de uns ténis para todas as ocasiões, ou quase todas, é um pensamento que me ocorre, especialmente quando, por não os ter, tenho de usar sapatos de salto, que me fazem sofrer horrores nas ocasiões que a isso obrigam. Tenho ténis de várias formas e cores, mas faltam-me os tais. Aqueles que vês nas páginas de publicidade das revistas de moda, e que pensas que, um dia, se puderes, os vais comprar. É então que na minha última viagem a Lisboa, passo por uma sapataria, e vejo em destaque, exatamente os ténis com que venho a sonhar desde há muito. Paro de imediato, e procuro ler o preço que está num talão muito pequenino, como que meio envergonhado, junto do artigo pelo qual já me apaixonei. Por este preço nem pensar, só se estivesse doida, penso eu, e sigo em frente, apesar de a algum custo. Nos dias seguintes e porque o trajeto me faz passar diariamente pela mesma sapataria, vou vendo que eles continuam no mesmo sítio. Lindos de morrer… penso eu todos os dias. Mas, por aquele preço