... acordo com uma voz a chamar por mim. Era a enfermeira no recobro.
Disse: correu tudo bem. Levam-me para a enfermaria e, logo a saída da sala do recobro, olho e vejo o meu marido. Que felicidade. Acompanhou-me até a enfermaria onde ficou comigo porque já era a hora da visita. Lá, estavam também os meus filhos. Fiquei tão feliz por estarem junto a mim e... Por eu estar viva!
Viva? Sim. Era um dos meus medos. Não é a primeira vez que uma pessoa morre na mesa da operação. Graças a Deus eu estava bem, se é que se pode estar normal após uma cirurgia.
Nessa tarde o médico veio ver se eu estava bem.
No dia seguinte, sábado de manhã voltou e, como eu não tinha dores e me sentia bem, perguntou se eu queria ter alta nesse dia ou no domingo. Claro, eu disse que queria ficar até domingo.
Preferia ficar. Não caso de me sentir mal, estava no sítio certo.
Ele concordou e disse que não estaria de serviço no domingo mas que a Dra. Alexandra (a médica que me fazia as consultas e que esteve presente na cirurgia) me daria alta.
Tudo parecia correr bem. Só que no domingo a médica não aparecia para me dar a alta. Questionei ao longo do dia as enfermeiras que me diziam que possivelmente ela estaria nas urgências e que teria de esperar. Quando o meu marido e a minha filha chegaram para, pensavam eles, me levar, eu continuava a espera... Até que a minha filha foi falar com as enfermeiras e mostrou o desagrado pela situação.
Passado pouco tempo vem ter comigo uma médica da urgência que estava de permanência às enfermarias, explicar que a dita Dra Alexandra não tinha vindo trabalhar e que ela própria não podia dar a alta porque não tinha acesso ao processo do colega.
Acabei por ficar até segunda feira.
O Dr. Carlos Soares bem cedo veio pedir-me desculpa pelo sucedido e deu-me a ansiada alta.
Finalmente regressei a minha casa.
Fui muito bem tratada durante todo o processo. Não tenho qualquer razão de queixa do Hospital de São João.
Só tive pouca sorte em ter sido internada numa enfermaria da parte antiga do hospital que ainda não foi remodelada e que, portanto, não tinha as melhores condições.
Resta-me aguardar pelo consulta no início de outubro para saber se o resultado do material que foi para análise é positivo ou negativo.....
Tenho fé.
ES
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