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INTERRUPÇÃO NÃO PROGRAMADA

CAETANA DE CARACÓIS LOIROS

 


Caetana, é o seu nome, com quase quatro anos de idade e uma jovialidade e cariz únicos.

Caracóis loiros formam o seu cabelo, rosto expressivo e gargalhadas estridentes comum  à maioria das crianças que são felizes, e que têm perto  família que as amam.

Encontrei a Caetana numa praia a Norte de Portugal, e, acho que a conquistei pelos desenhos que lhe fiz.

Um primeiro desenho, que saiu da minha imaginação, mas o segundo foi representativo das flores estampadas na cadeira de praia onde a Avó se encontrava sentada.

O olhar atento  da Caetana a ver-me  desenhar, pois eu desenho a olhar para o objecto  em que me inspiro e não  olho para a folha  de papel…

Gostou dos dois desenhos, mas antes de eu ir almoçar com a amiga com quem estava na praia, pedi-lhe um beijinho ou um abraço , mas não mo quis dar , e, claro que sim  com toda a lógica e sentido, pois tinha acabado de me conhecer…

Fomos almoçar perto da praia, e , quando regressamos a Caetana não estava, pois teria ido almoçar com a família que se encontra na praia com ela ( Avó, tia , pai e mãe).

Eu e a minha amiga fizemos uma “Siesta”, como é hábito dos espanhóis  a seguir à hora de almoço…

Passado uma hora a alegre Caetana regressou à praia…

Aí sim, já nos conhecíamos um bocadinho, a alegria e boa disposição reinavam com ela  nesse pedaço de praia que tivemos o prazer de nos cruzar… A Caetana divertia toda a família, e, era a Alegria daquela família…. A família “girava” à volta desta menina de quase quatro anos de idade e que era escorpião, tal qual eu …

Quando pedi à Caetana um beijinho de despedida, aquando da nossa saída da praia, não me deu um beijinho, mas um abraço tão ternurento e meigo que me emocionei…

Bem Hajas Querida Caetana, e, Sê Feliz o resto da tua vida, como o demonstraste num dia de Verão à beira mar, onde por mero acaso nos conhecemos, pois estávamos na mesma linha de barracas de aluguer, numa maravilhosa praia no Norte de Portugal….

Paula Parracho


Comentários

  1. Lindo texto. Quem dera todos fossemos eternamente como a Caetana.

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