As vezes temos necessidade de desabafar.
E quando não há ninguém por perto, socorremo-nos da escrita.
Eu preciso, neste momento, de aliviar o meu coração, para não entrar em desespero.
Acabei de me despedir do meu marido.
Em quarentena e sete anos de casamento só estivemos fisicamente separados quando ele esteve internado por motivos da COVID.
E, nessa altura, foi muito doloroso pela incerteza se ele se salvaria. Aconteceu na fase mais aguda desta doença. Graças a Deus ele regressou a casa e recuperou muito bem.
Bom, desta vez não se trata, felizmente, de qualquer doença.
Então do que se trata?
Já lá iremos.
Quero fazer uma breve apresentação de mim própria. Sou pessimista, penso sempre e primeiro do que tudo no que de mal possa acontecer. Tenho uma imaginação muito fértil, sobretudo para as desgraças.
De facto, não devemos pensar que só acontece aos outros. Porque nós também somos os outros.
Eu deveria pensar que ele vai tirar algum proveito desta situação, porque na realidade vai.
Ora bem, o meu marido está neste momento a caminho de Milão!
Vai com o patrão a uma feira nessa linda cidade onde já estivemos os dois. Nessa altura ele também foi em trabalho mas eu fui com ele...
Ele tem receio de andar de avião. Senti que ele estava muito apreensivo.
Ele é diabético e embora tenha levado a medicação, eu penso sempre que ele pode facilitar e... eu não estou lá.
Sei também que ele vai preocupado comigo, mas eu tenho cá os nossos filhos.
Fico sozinha em casa mas eles estão por perto.
Pronto, já foi bom ter "falado" um bocadinho com vocês que fazem o favor de me ler. Obrigada. Estou melhor um bocadinho. Obrigada.
E.S.
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