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RESULTADO DUMA QUEDA... PARAGEM FORÇADA E OBRIGADA

ESTRADA NACIONAL N.º 2 (3º dia)

3º dia : Sertã/ Ferreira do Alentejo

Após o pequeno almoço partimos para Vila de Rei. A N2 passa a ser uma das estradas principais a ligar os concelhos a visitar, mais larga e bem cuidada. Em Vila de Rei a visita ao Centro Geodésico merece uma referência. A paisagem que se avista é esmagadora. Uma estrutura de apoio que inclui um pequeno espaço museológico e uma cafetaria. O essencial. Esta estrutura é explorada por um lisboeta, João Vicente Rosa, que fugiu da cidade grande com a família e jura que nunca mais quer regressar a Lisboa. Num ano em Vila de Rei já rejuvenesceu cinco. Obtivemos dois carimbos, um normal e o único selo branco de todo o percurso.  Um pouco à frente esperava-nos a vila do Sardoal, pequena e florida, onde o carimbo foi obtido no posto de turismo. Um frémito de emoção, aqui nasceu a minha filha Marta e já não visitava a vila há muitos anos. Seguiu-se o concelho de Abrantes, onde ficamos a conhecer mais um pormenor. Não é necessário passar pela sede do concelho para obter o carimbo. No concelho de Abrantes foi obtido em Barreiras do Tejo no restaurante Paragem do motorista. À frente atestamos o depósito e continuamos a viagem para Ponte de Sor onde carimbamos o passaporte na Câmara Municipal.  Ponte de Sor é um concelho extenso ,na fronteira Ribatejo/Alentejo mas pouco convidativo. A seguir tínhamos três concelhos, Coruche, Mora e Avis . Resolvemos estabelecer um “hub” em Mora e, a partir daí, visitar os outros dois. Em Mora carimbamos o passaporte no restaurante Afonso onde almoçamos. Mora não cativa por aí além e, depois de Mora fomos em direção a Coruche onde, na freguesia do Couço, obtivemos dois carimbos, na GNR e num café da vila. No Couço, no tempo da reforma agrária, existiu uma cooperativa agrícola famosa.  Voltamos a Mora e seguimos em direção a Pavia antes de chegarmos a Avis. Aí carimbamos o passaporte no quartel dos Bombeiros. Como curiosidade, podemos afirmar que na maior parte doa casos encontrávamos jovens mulheres e era raro encontrar um homem em quartéis de bombeiros. Voltamos a Mora e seguimos para o concelho de Montemor. Antes de atingirmos a sede do concelho, no marco do km500, obtivemos o carimbo no snack “O Ciborro”. É um marco importante mas muito mal aproveitado. Continuamos viagem para o concelho de Alcácer do Sal mas o carimbo foi obtido antes, na freguesia do Torrão no restaurante “O Tordo”. Aqui convém dizer que tivemos que regredir 14 kms. Tínhamos passado por Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo inadvertidamente. Em Alcáçovas obtivemos o carimbo na biblioteca do Paço dos Henriques. Seguimos para sul e já tinha anoitecido quando alcançamos Ferreira do Alentejo. O alojamento é muito baseado em unidades de AL. Pernoitamos no “Retrato da Memória” onde carimbamos o passaporte. Antes tínhamos jantado na Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Ferreira do Alentejo onde também obtivemos um carimbo.

Eduardo Freitas


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