Avançar para o conteúdo principal

INTERRUPÇÃO NÃO PROGRAMADA

NINGUÉM ENTENDE

 

Todos os dias vou assistindo e prestando atenção às informações sobre a nova vaga de Covid 19 que, com a guerra da Ucrânia em pano de fundo, vão passando despercebidas.

Chegam instruções da Direcção Geral de Saúde. Chegam indicações do Ministério da Saúde. Chegam os comentários por parte dos médicos de Saúde Pública. Chega o levantamento de restrições por parte do nosso Governo e chegam finalmente, números altíssimos de pessoas contagiadas e de pessoas reinfectadas.

As máscaras deixam de ser obrigatórias, com pequeníssimas excepções. 

Os testes deixam de ser gratuitos nas farmácias e as urgências dos hospitais centrais estão a abarrotar com as pessoas que sentem alguns sintomas provocados pela Covid 19 e aí se dirigem, no sentido de serem testadas a custo zero e medicadas de imediato.

Ouço e compreendo os apelos dos médicos dos referidos hospitais pedindo para que não inundem as urgências, deixando assim esses locais para casos realmente urgentes e graves.

Não posso criticar quem aí se dirige, mas sinto que posso criticar quem decide levantar de forma tão desacautelada, as restrições até há pouco tempo em vigor.

Ontem, sábado, vi que um dos títulos de primeira página do Jornal Público era “Fábricas voltam a pedir uso de máscara para prevenir fechos de produção”. Constata-se que algumas fábricas, especialmente as de menor dimensão, correm o risco de fechar a sua produção, devido à falta de trabalhadores por estarem com Covid 19.

Que tal se todos ajudássemos e contribuíssemos usando a melhor arma que temos: Bom Senso!

Vamos deixar-nos de criticar quem ainda usa máscara. 

Caros responsáveis pela saúde do nosso País, ponham-se de acordo e não hesitem na hora de dar um passo atrás, se for o caso.

MVFreitas


Comentários

Mensagens populares deste blogue

A MINHA VIAGEM AO JAPÃO

Verdade, fui ao Japão. Verdade, aventurei-me a, depois de 2h30 de viagem para Lisboa, meter-me num outro avião para, durante 7h30, fazer Lisboa-Dubai, e ainda noutro para mais 9h30 até Tóquio. Ainda hoje me pergunto como me aventurei a tal, eu que me arrepio sempre que se fala em viagens de avião. Mas fi-lo e ainda bem!   O Japão nunca foi um país que me despertasse grande interesse, logo uma viagem que, não fosse a minha amiga Manuela, provavelmente não teria feito. Por diversas vezes já lhe agradeci e vou sempre agradecer-lhe ter-me ligado, naquele dia, a dizer-me “… vamos?” Mas, se nada é por acaso, é porque agora é que era a altura certa para a fazer, pois a idade já me permitiu uma plenitude que antes não alcançava. Já regressei há vários dias e ainda não “aterrei” no meu quotidiano. Continuo, a cada minuto, a visualizar imagens, paisagens, gestos e atitudes que me levam ao que, agora, considero um outro mundo. Um outro mundo em que é notório o respeito pelo outro, nomead...

A ARTE, A BELEZA E A GRATIDÃO

  Sou frequentadora assídua da Confeitaria Paulista na Maia, onde a D. Elvira e o Sr. Jorge Mendes (proprietários), fazem questão de nos receber de “braços abertos.” Tomo o meu café e pão com manteiga neste maravilhoso espaço. É um local muito familiar. Um espaço onde nos sentimos muito bem!!!  Somos bem recebidos; Bem tratados; Bem-vindos!!! Sentimo-nos em casa. A D. Elvira faz questão de nos fazer sentir únicos. Há uns dias, tive oportunidade de ver uma autêntica obra de arte saída das mãos do proprietário da Confeitaria Paulista. Trata-se da peça cuja fotografia está a ilustrar esta publicação. Ao ter acesso ao dito quadro, acreditem, que senti ARTE, que senti BELEZA e depois de saber a história que o envolve, senti que ali, existia GRATIDÃO.  Ora o Sr. Jorge Mendes, decidiu pôr mãos à obra e fazer este maravilhoso trabalho em pão. Sim, trata-se de pão e não outro material qualquer. Explicou-me as múltiplas e morosas voltas que este trabalho dá, até chegar ao resultado...

A LOUCURA DO MUNDO

  Tinha decidido que hoje escreveria de novo sobre a minha viagem ao Japão, e que vos contaria algumas peripécias dignas de registo humorístico, daquelas que sempre me acontecem e me divertem ao ponto de querer partilhar com outros, e porque me faz feliz. Faz-me feliz fazer aparecer um sorriso no rosto de quem lê os meus textos, um sorriso que muitas vezes anda escondido e tarda em aparecer. No entanto, nem sempre isso é possível, e hoje não pode ser assim. Hoje tenho de partilhar convosco a minha tristeza, a minha revolta, a minha frustração. Desculpem-me mas terá de ser assim. Logo pela manhã, como habitualmente, abri o rádio para me atualizar acerca do que se passa no nosso país e para além dele, e o que fui ouvindo fez-me decidir que não concluiria o meu texto nos termos em que tinha pensado. Não tinha esse direito perante o que estava a ouvir. Se o fizesse era como se também estivesse a assobiar para o lado perante o horror que me descreviam. Apesar de ser uma peça insignifica...