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RESULTADO DUMA QUEDA... PARAGEM FORÇADA E OBRIGADA

A URGÊNCIA VS. A PRIORIDADE

Faz precisamente 40 anos que aprendi mais uma lição que me ficou para a vida.

Trabalhava eu numa grande indústria de fundição injetada com 640 colaboradores. Era o meu primeiro emprego e já estava na empresa há 11 anos. Esta empresa de que falo, ainda hoje existe. 

Naquela época, fazia parte dum enorme grupo internacional. Foi exatamente por isso que fomos muito beneficiados com condições que poucas pessoas tinham na altura.  De entre elas, posso realçar uma regra fantástica, quanto a mim. Nenhuma das empresas do grupo poderia recrutar no exterior, sem primeiro verificar se havia nas outras empresas, alguém que preenchesse essa vaga. Caso não houvesse, aí sim, o recrutamento passaria a poder ser feito externamente. Esta é uma das medidas que me parece fantástica e que deveria ser regra ainda hoje em dia. Pois bem, eis senão quando surge uma vaga para uma das empresas do grupo e à qual, eu, sem hesitar, me candidato.

Lembro-me perfeitamente do “choque” que foi quando transmiti, superiormente, que tinha tomado essa decisão e mais do que isso, tinha agido em conformidade.

Fui passando as diferentes fases de recrutamento e eis que chego à fase final. Somos apenas três das vinte sete candidatas. Tremo imenso. Nem quero acreditar que cheguei ali. Já falta tão pouco para saber se consegui ou não alcançar aquilo a que me tinha proposto.

Consegui! Consegui! Fui escolhida e agora? O que iria passar-se. Como seria todo o processo. Nunca tinha passado por uma experiência semelhante. 

Agora precisava de enfrentar a minha hierarquia e dependia muito da sua boa vontade. Aí começa a minha saga.

Chego à empresa com esta informação e ganho coragem para comunicar de imediato, tudo o  que me tinham transmitido no que toca a condições, prazo para iniciar as novas funções, etc. Posso já adiantar que a minha hierarquia, recebeu muito mal toda esta informação. Saiu de imediato do gabinete onde nos encontrávamos e pude perceber que se dirigiu ao gabinete do nosso diretor geral.

Depois, bem depois, foram dias e dias de silêncio no que toca a este assunto. Parecia que eu não existia. Posso afiançar que foi uma dor imensa. Eu gosto de comunicar, gosto de promover o bom ambiente e vi-me confrontada com esta complexa situação.

Continua…


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