Acorde! A sua família vê-a apenas como um Banco!!!
Esta foi a expressão que ousei, em tempos, dirigir a uma pessoa para quem prestava serviços.
Custava-me ver a forma como os familiares mais directos a tratavam. A única coisa que lhes importava eram os cheques que a mãe ia passando sempre que cada um deles se aproximava com o relato de situações mirabolantes.
Visitavam-na apenas com o intuito de, no final, virem de lá com mais dinheiro do que aquele com que tinham entrado, se é que tinham entrado com algum…
Não via essas pessoas terem um carinho para com a mãe. Não se sentia amor à volta delas. Afecto era coisa que não existia. Passavam dias e dias sem contactarem a mãe. Quando a visitavam, eu conseguia ver nos olhos deles, o símbolo do cifrão. Sim esta minha experiência ainda vem do tempo em que a nossa moeda era o escudo.
É incrível! Os anos passam e a vida encarrega-se de nos mostrar que não devemos cuspir para o ar.
A situação que há imensos anos eu fui vendo numa determinada família, “bateu” agora com força, à minha porta.
Parece que estou agora a ver um filme que já tinha visto há muito, muito tempo.
Vejo o comportamento atual e sei como as minhas pessoas se irão comportar daqui para a frente e quase que posso apostar que sei como irá terminar esta saga.
Ao refletir sobre esta situação, lembrei-me da minha avó que frequentemente referia que tudo na vida se paga. E, não há dúvida que assim é.
H. Casimiro
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