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Quando falamos em heranças familiares, muitos de nós pensamos em partilha de bens e, quantas pessoas conhecemos que pensariam o mesmo!? Ou, até mesmo que começariam imediatamente a fazer contas ao que sim, ao que não ou, até mesmo àquilo que pensavam existir mas que, nunca passou da criação/ilusão de determinado objectivo que gostariam de alcançar!? Na verdade estas heranças existem e, devemos não (a meu ver) lutar por elas mas, sim, recebê-las com amor, honrá-las e reparti-las com lealdade. Quando digo recebê-las com amor, não quero com isto dizer que, poderá de alguma forma compensar a perda que tínhamos sofrido mas, provavelmente os nossos pais, avós ou outros, lutaram com firmeza e trabalharam arduamente para o conquistar e, recebê-lo e estimá-lo seria a melhor forma de os honrar.  Contudo, aquilo que gostaria mesmo de partilhar convosco é a importância da inesgotável herança de valores que cada um de nós pode arrecadar e que, essa sim nos enriquecerá para sempre, sem desgaste se s

Logo a seguir à primeira grande lição de vida diz-me ainda: - Também quero que saiba que não a quero ver aqui na empresa depois do horário que está estabelecido. “Não a quero aqui a fazer vento”! Fiquei estupefacta e como estávamos a falar em francês, pensei tratar-se duma frase idiomática.  Pela minha expressão facial,  ele apercebe-se que eu não entendi o alcance da frase “não a quero aqui a fazer vento” e diz-me: - Sabe, se eu passar pelo seu departamento e a vir a trabalhar depois da hora, vou depreender que errámos. Errámos porque não contratámos a profissional de “mão cheia” que pensávamos, ou imaginando que é a tal profissional, estamos a errar de alguma forma por estarmos a dar-lhe mais trabalho do que você pode fazer dentro do horário estipulado. Como não quero errar de nenhuma forma, nem ser injusto com nenhum dos meus colaboradores, agradeço-lhe que à hora estipulada, saia e vai para sua casa ou vá continuar a estudar ou faça o que muito bem entender. O que eu quero é ter aq

Há 50 anos, tive o meu início profissional. Lembro-me como se fosse hoje, que na noite anterior, nem consegui dormir. A excitação e o medo do desconhecido não me largavam… Tratava-se do meu primeiro emprego e ainda por cima numa empresa belga. Ah! Sim, já sei em que estão a pensar: …Empresa belga??? Qual é o problema? Efectivamente nos dias de hoje, toda a gente conhece alguém que trabalha, ou já trabalhou com estrangeiros, mas, ter essa hipótese há 50 anos, era algo muito diferente. Bom, rumando agora ao meu primeiro dia de trabalho, gostava de dar o conhecer uma curiosidade que ainda hoje me acompanha e que foi marcante para a minha vida pessoal e profissional. Cheguei à empresa cerca de 15 minutos antes do horário estabelecido. Fui recebida por uma colaboradora que de imediato me levou ao local onde eu teria de “picar” o ponto. Sim, chamava-se assim à época, a tarefa de pegar no cartão de presença, passá-lo por um relógio, que marcaria de imediato a hora a que eu tinha entrado na em

  Acreditar é a Palavra de Ordem em quase tudo na vida! Acreditar no que não vemos… Acreditar que tudo na vida tem um propósito… Acreditar que o que não foi, talvez não tivesse que ser… Acreditar que o que está provir é muito melhor que aquilo que possamos ter perdido… Acreditar que aquilo que temos é muito mais do que o que precisamos… Acreditar que para que um dia possamos dar valor às coisas grandes da vida devemos começar sempre por dar valor às coisas mais simples… Acreditar que depositar a nossa fé nas promessas de deus para cada um de nós e nas coisas boas da vida é o caminho… Acreditar que o Amor pode muito bem mover montanhas… Acreditar que amar não é amar as circunstâncias mas, amar independente delas…  Acreditar que é melhor caminhar “sem saber para onde” que, ficar parados sem sabermos porquê… Acreditar que vale a pena viver pelos momentos em o sorriso nos tira a respiração… Acreditar que cada ensinamento é o maior tesouro que podemos arrecadar até das maiores tristezas… Um

Desde que a bebé nasceu o apoio, quase sempre à distância e com visitas, dizia eu de médico, foram uma realidade diária na nossa vida o que, de alguma forma também me impedia de viver… Passamos por legalizar a custódia da Sofia no Tribunal (que me custou horrores porque nunca imaginei vivê-lo, mas que hoje percebo que é um processo normal e que deve ser enfrentado com toda a maturidade, naturalidade, seriedade e, de preferência com pouco sentimentalismo a não ser pelos nossos filhos. Aí sim, todo!) para a poder colocar numa escola com apoio do estado. Precisei expor-me numa instituição e sujeitar-me a ouvir que “como poderiam acreditar que o que eu estava a dizer era verdade se, todos os dias alguém vinha com uma situação idêntica?” Nesta última, até a uma assistente social tive de ir e, ainda bem porque foi a única pessoa que me tratou bem nesta instituição. Sem pena e, com garra de ajudar! (Como diria uma grande Senhora que tenho o privilégio de conhecer, “todos escrevem na nossa vid