Depois de resumidamente ter partilhado a minha experiência de vida como mãe solteira que fui e, como o prometido é devido aqui estou eu para vos explicar também o contexto que levou a isto.
Mas, antes queria dizer-vos que para mim hoje, ao fim de 12 anos, é percetível que tudo foi exatamente como tinha de ter sido. Se gostava que tivesse sido diferente? Gostava!
Mas, porque acredito que tudo na vida tem um propósito, também esta minha decisão, sozinha, teve o seu.
Para quem tiver lido a primeira parte deste artigo conseguirá perceber o enquadramento, caso contrário, se tiverem curiosidade leiam 😉
Depois de quase 5 anos de relacionamento e, 4 deles não diretamente assumidos perante alguns familiares por situações controversas de um divórcio pelo qual o pai da Sofia estava há já alguns anos a passar, eis que sem contar, sem programar descubro que estava grávida.
Nada foi premeditado ou propositado embora, no desespero, a determinada altura até isso tivesse colocado em causa.
O desespero que, hoje compreendo embora continue a achar que nada justificava, foi motivado por uma situação de saúde grave na altura (insuficiência renal) e consequentemente o possível que, mais tarde se confirmou, desemprego.
O pânico dele foi de tal maneira que tudo servia para me tentar demover de querer prosseguir. Fizemos árvore genealógica para perceber se existiam problemas graves na família, teste de compatibilidade e uma consulta juntos que, foi a primeira (depois só foi á última porque perguntei se não queria ver a filha antes de nascer) para que ele conseguisse expor todas as suas preocupações e dúvidas, enfim! Com o apoio da minha família, mãe e irmãs principalmente TUDO FOI POSSÍVEL!
Dizer-vos que foi difícil com um mês de gravidez ter a sua mãe a dizer-me que não percebia porque insistia nisto se afinal com um mês de gravidez facilmente podia desistir… passar 8 meses da minha vida praticamente com um telefonema diário do pai para saber se precisava de alguma coisa é pouco, mas VALEU A PENA!
O pai ajudou-me a mudar de casa (já vivia sozinha na altura) para que tivesse todas as condições, preocupa-se se precisava de alguma coisa mas, na verdade preocupa-se com tudo aquilo de que eu podia abdicar naquele momento... O amor que eu precisava na altura, o acompanhamento nunca viria em forma de casa que agora tinha varanda e antes só janelas, mas era a minha realidade e aceitei-a! Acolhi o bom, sempre na esperança que um dia tudo mudasse... é verdade, sim, sempre pensei que não passaria de uma fase péssima que não desejo, como se costuma dizer nem ao meu pior inimigo, só que não!
Escolhemos juntos o nome e tantas outras coisas sem intimidade, amor ou troca de qualquer carinho. Ela nasceu já estava eu na casa da minha mãe há 15 dias para o caso de precisar de ajuda e, depois para lá voltei na inexperiência da maternidade para ter o apoio que só uma mãe nos pode dar. O pai todos os dias a ia ver tomar banho, estar com ela… Tudo isto possível pelo amor, sim meus queridos continuamos aqui a falar do inexplicável amor de mãe que, foi o da minha que com toda a mágoa do mundo pela atitude do pai da Sofia o recebia diariamente na sua casa com a maior educação e disponibilidade que, ainda hoje a caracteriza! (Heranças Familiares que um dia partilharei convosco).
CONTINUA 😉
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