Quem não se lembra de um ou outro conselho de avó. Sim, referindo avó e não avô, embora saiba que seguramente os avós nos deixaram os seus sábios conselhos e, contudo é a avó, quem tem normalmente o papel principal nestas coisas.
É frequente ouvirmos dizer: Já a minha avó me dizia…; Tenho imensas recordações da minha avó e em especial das conversas que tínhamos e dos seus valiosíssimos conselhos.
Irei aqui tentar deixar de vez em quando um conselho que recebi e que me tem acompanhado ao longo da vida, ao mesmo tempo que gostaria de deixar um desafio a quem nos lê:
Se tiver oportunidade e quiser homenagear de alguma forma a sua avó e/ou o seu avô, deixe-nos alguns dos seus ensinamentos. Partilhe. Vamos todos, seguramente, ficar mais ricos.
O conselho da minha avó que eu hoje quero aqui partilhar é o seguinte:
“Vale mais ficar encarnado um minuto, do que amarelo toda a vida”.
A primeira vez que ouvi a minha avó dizer-me isto, fiquei atónita. Afinal o que quereria ela dizer com esta expressão? Perguntei-lhe. A sua resposta foi a seguinte:
Sabes filha, a tua bisavó Fabiana, dizia-me frequentemente esta frase e tinha a ver com o facto de eu nem sempre perceber o que as pessoas me queriam dizer, nesta ou naquela situação e ela insistir para que eu perdesse a vergonha e perguntasse sempre. Dizia que não era bom para mim, fazer de conta de entendia o que se estava a dizer, ou que sabia a resposta de determinada pergunta. O importante é perguntar. Podes corar, os outros podem troçar de ti, podem rir-se, podem achar que és ignorante mas, se nunca perguntares nunca vais saber. Daí a expressão:
“Vale mais ficar encarnado um minuto, do que amarelo toda a vida”!
Acreditem que, como atrás referi, este conselho foi primordial para mim. É assim que estou na vida. Não tenho vergonha de dizer que não sei, de dizer que não entendi. Só desta forma nos tornamos mais “crescidos”, mais cultos e porque não dizê-lo, mais respeitados.
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