Estou a escrever este texto no dia 30 de dezembro, para ser publicado no primeiro domingo de Janeiro. Seria suposto eu estar aqui a fazer a minha “wishlist” para 2020, cheia de promessas, sonhos, objetivos, etc. mas, ao invés disso, estou aqui a olhar para ti e a verificar o quão fragilizado te encontras. Afinal fizeste o teu 7º tratamento de quimioterapia na passada sexta feira. Estamos três dias após, e os efeitos estão bem patentes…
Não imagino o que estarás a sentir agora, mas posso assegurar, que eu sei muito bem o que sinto. Ver-te assim é para mim devastador. Quero ajudar e não tenho como. Quero transmitir-te força e sei que estás em modo de não querer, nem poder ouvir ninguém. Qualquer som te incomoda, qualquer situação te perturba. Queres descansar, queres paz, queres sentir-te melhor! Queres viver!!!
A vida é por vezes muito ingrata. Como seria bom, ver-te melhorar. Ver-te comer, ver-te com vontade de ler, vontade de ver televisão, enfim, com vontade de fazer algo. Ao invés, vejo-te praticamente inerte. Ouço-te respirar. As tuas defesas estão a esquecer-se de te ajudar a combater. Que é feito delas? Por onde andam?
Comentários
Enviar um comentário