Avançar para o conteúdo principal

INTERRUPÇÃO NÃO PROGRAMADA

FOI ENCONTRADO OUTRO...

..na bexiga. 
Assim soube que, além do cancro no reto, tinha outro na bexiga.
Mas comecemos pelo princípio para verem como a nossa vida se altera por completo.
Eu precisei de renovar a carta de condução e a renovação implica que a médica de saúde familiar, ateste que estamos na posse das faculdades necessárias.
Munido de um certificado do oftalmologista no qual é afirmado que uso óculos com x dioptrias no olho esquerdo e y no olho direito, dirigi-me à minha unidade de saúde familiar para a consulta aprazada.
A médica auscultou-me, colocou questões, ordenou que fizesse análises ao sangue e à deteção de sangue oculto nas fezes e passou-me o certificado que eu precisava para a renovação da carta de condução. 
Dirigi-me à repartição própria para obter nova carta de condução e a uma clínica para tratar das análises requeridas pela minha médica.
Fiz as análises, passados uns dias recebi os resultados e entreguei-os na USF para a médica os analisar. Em finais de Janeiro deste ano (2019) recebo um telefonema da Unidade de Saúde Familiar informando que as análises ao sangue estavam bem mas tinha sido detetada a presença de sangue nas fezes. Por este motivo tinha que realizar outros dois exames, uma endoscopia e uma colonoscopia.
Contrariado, marquei estes exames no hospital de S. João e realizei ambos simultaneamente e com a mesma sedação.
Quando acordei soube que a endoscopia nada assinalava mas que a colonoscopia tinha encontrado um pólipo que, pelo tamanho, não conseguiram extirpar e do qual recolheram uma pequena amostra para análise. 
Passados uns dias, já em março, sou informado que a amostra recolhida era de um carcinoma. Para melhor localização do mesmo fui sujeito a uma TAC (tomografia axial computorizada) e foi aí que descobri que havia outro, na bexiga...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A MINHA VIAGEM AO JAPÃO

Verdade, fui ao Japão. Verdade, aventurei-me a, depois de 2h30 de viagem para Lisboa, meter-me num outro avião para, durante 7h30, fazer Lisboa-Dubai, e ainda noutro para mais 9h30 até Tóquio. Ainda hoje me pergunto como me aventurei a tal, eu que me arrepio sempre que se fala em viagens de avião. Mas fi-lo e ainda bem!   O Japão nunca foi um país que me despertasse grande interesse, logo uma viagem que, não fosse a minha amiga Manuela, provavelmente não teria feito. Por diversas vezes já lhe agradeci e vou sempre agradecer-lhe ter-me ligado, naquele dia, a dizer-me “… vamos?” Mas, se nada é por acaso, é porque agora é que era a altura certa para a fazer, pois a idade já me permitiu uma plenitude que antes não alcançava. Já regressei há vários dias e ainda não “aterrei” no meu quotidiano. Continuo, a cada minuto, a visualizar imagens, paisagens, gestos e atitudes que me levam ao que, agora, considero um outro mundo. Um outro mundo em que é notório o respeito pelo outro, nomead...

A ARTE, A BELEZA E A GRATIDÃO

  Sou frequentadora assídua da Confeitaria Paulista na Maia, onde a D. Elvira e o Sr. Jorge Mendes (proprietários), fazem questão de nos receber de “braços abertos.” Tomo o meu café e pão com manteiga neste maravilhoso espaço. É um local muito familiar. Um espaço onde nos sentimos muito bem!!!  Somos bem recebidos; Bem tratados; Bem-vindos!!! Sentimo-nos em casa. A D. Elvira faz questão de nos fazer sentir únicos. Há uns dias, tive oportunidade de ver uma autêntica obra de arte saída das mãos do proprietário da Confeitaria Paulista. Trata-se da peça cuja fotografia está a ilustrar esta publicação. Ao ter acesso ao dito quadro, acreditem, que senti ARTE, que senti BELEZA e depois de saber a história que o envolve, senti que ali, existia GRATIDÃO.  Ora o Sr. Jorge Mendes, decidiu pôr mãos à obra e fazer este maravilhoso trabalho em pão. Sim, trata-se de pão e não outro material qualquer. Explicou-me as múltiplas e morosas voltas que este trabalho dá, até chegar ao resultado...

A LOUCURA DO MUNDO

  Tinha decidido que hoje escreveria de novo sobre a minha viagem ao Japão, e que vos contaria algumas peripécias dignas de registo humorístico, daquelas que sempre me acontecem e me divertem ao ponto de querer partilhar com outros, e porque me faz feliz. Faz-me feliz fazer aparecer um sorriso no rosto de quem lê os meus textos, um sorriso que muitas vezes anda escondido e tarda em aparecer. No entanto, nem sempre isso é possível, e hoje não pode ser assim. Hoje tenho de partilhar convosco a minha tristeza, a minha revolta, a minha frustração. Desculpem-me mas terá de ser assim. Logo pela manhã, como habitualmente, abri o rádio para me atualizar acerca do que se passa no nosso país e para além dele, e o que fui ouvindo fez-me decidir que não concluiria o meu texto nos termos em que tinha pensado. Não tinha esse direito perante o que estava a ouvir. Se o fizesse era como se também estivesse a assobiar para o lado perante o horror que me descreviam. Apesar de ser uma peça insignifica...