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INTERRUPÇÃO NÃO PROGRAMADA

08 DE DEZEMBRO - ANTIGO DIA DA MÃE


Sento-me à secretária para preparar o texto para hoje dia 8 de Dezembro e é exatamente no momento em que coloco a data, que me vem à mente o assunto sobre o qual hoje irei escrever.
Sabemos que é dia da Imaculada Conceição – Padroeira de Portugal, mas, nós os mais antigos, sabemos que esta data era, sem dúvida, também importantíssima para nós. Era a 8 de dezembro que se comemorava o dia da MÃE.
Ainda hoje me pergunto, qual a razão que terá levado a que mentes brilhantes, alterassem a comemoração desse dia, para o primeiro domingo de Maio. Porquê, mexer, naquilo que está bem feito. Que mania se tem atualmente de inventar o que está já inventado…

Fui sempre contra! Parece que já não é a mesma coisa. Durante alguns anos e, com alguma rebeldia à mistura, fiz questão de continuar a celebrar o dia da Mãe no dia 8 de Dezembro e não na data que me passaram a impor. Aí, sempre tive a complacência da minha Mãe. Sim, enquanto viveu, também sempre achou uma patetice a alteração do dia.
8 de Dezembro. Dia feriado. Dia em que as algumas mães eram “propositadamente” mais mimadas. Era usual, quem podia obviamente, levar a mãe a almoçar fora ou a lanchar fora. Era dia em que as floristas não tinham mãos a medir, pois em quase todas as casas, havia uma flor ou um ramo de flores a assinalar a data. Nalguns lares, havia mais visitas nesse dia, havia mais atenção, um pouquinho mais de tempo de dedicação, mais carinho, etc.
Bom, mas aqui, só quero deixar boas recordações. Não quero lembrar as mães esquecidas pelos seus filhos.
Quero enaltecer todas as mães do mundo, mesmo aquelas que, de alguma forma, num momento ou noutro, fizeram algo contra natura.
Tenham um muito Feliz (antigo) dia da Mãe!!!
Quero apenas deixar, se me permitem, um conselho: Mimem, acarinhem, apoiem e amem as vossas Mães, enquanto as têm por “perto”. Mais cedo ou mais tarde, pela lei natural da vida, elas partirão e aí, asseguro-vos que vocês dariam tudo o que têm para, por um momento só, que fosse, poder abraçá-las e quem sabe, dizer-lhes algo que ficou por dizer.


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