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MERCEDES?

ESTRADA NACIONAL N.º 2 (4º DIA)

 

Chaves – Faro Nacional2

4º dia: Ferreira do Alentejo/ Faro

Saímos cerca das 10H00 de Ferreira do Alentejo rumo a Aljustrel. Ótima estrada, reta, cuidada e sem grande trânsito. Aljustrel é uma vila tipicamente alentejana, limpa, calma, envelhecida e que recebe bem. Obtivemos o carimbo na cafetaria ABC e continuamos o nosso trajeto para Castro Verde. Não podemos deixar de mencionar a Igreja Matriz / Basílica Real de Castro Verde. Uma pequena relíquia de talha dourada e painéis de azulejo do séc XVIII que retratam a Batalha de Ourique. Seguimos viagem para Almodôvar onde obtivemos o carimbo no quartel nos Bombeiros. No largo onde se situa o quartel um original monumento que homenageia os bombeiros da vila. Convém acrescentar que foi num dos quartéis de bombeiros onde obtivemos carimbos que estavam a realizar um estudo sobre os visitantes da Estrada Nacional 2. Focavam-se nos seguintes itens: modo de transporte, número de pessoas no veículo, idade dos visitantes e número de dias que pensávamos ir utilizar para percorrer a estrada. Servirá como embrião de um futuro estudo sistematizado dos visitantes desta rota. 

Seguimos viagem para o concelho de Loulé e começaram os nossos problemas com as 365 curvas (dizem, que não as contamos) da serra algarvia. A meio dessas imensas curvas encontra-se a freguesia do Ameixial. No café/ centro cívico/ posto de combustível também encontramos uma biblioteca ao ar livre consubstanciada num armário envidraçado onde quem quer pode levantar o/os livros que entender. Tem a obrigação de os devolver e, se puder, de acrescentar mais alguns. Levantámos dois. Iremos devolvê-los depois de os lermos. Foi no café que obtivemos o carimbo. Seguiu-se o concelho de São Brás de Alportel. Exemplo de um concelho que deu um pulo enorme depois do 25 de Abril. Obtivemos o carimbo na Casa da Memória e seguimos para o último concelho. Faro recebeu-nos numa rotunda com o número 738 em algarismos garrafais. Tínhamos concluído o traçado da N2. A 20 metros encontra-se um estabelecimento comercial, de seu nome “Templo”, exclusivamente dedicado à nossa estrada. O Daniel, outro apaixonado pela mesma, deu-nos as informações finais, carimbou-nos o passaporte e indicou-nos onde almoçar, “O Chefe Branco”. Valeu a pena pela qualidade do almoço e pela simpatia de um algarvio que, ao pedir-lhe para nos ajudar em alcançar o restaurante disse-nos “venham daí que o desvio que eu tenho a fazer não é grande”. Terminamos e tenho que agradecer à minha mulher/companheira de aventura e de vida Maria Virgínia pelo apoio. Mais de metade dos carimbos foram obtidos por ela. Obrigado.

Para descansar da aventura antes do regresso ao Norte fomos passar uns dias em Albufeira.

Eduardo Freitas


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