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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2022

MERCEDES?

DESILUSÃO

  Venci. Venci a preguiça de sair. Fiz alguns quilómetros de carro e eis-me em frente ao mar imenso. Está revolto, barulhento mas belo como sempre. Está muito sol. Dentro de um bar todo envidraçado mesmo juntinho ao areal oiço o seu barulho e questiono se ele estará mesmo zangado. Se estará furioso com alguém ou desgostoso pela sua solidão. É a sua maneira de desabafar. Fala consigo próprio, não tem com quem falar. Acumula nas suas ondas o seu descontentamento por não ter com quem brincar. Não pode dizer vou ali e já venho. De facto ele vai. Vai mais acima no areal mas coitado está limitado. Por muito que queira não atinge ninguém. Mas também não há ninguém, ele está realmente só, entregue a si próprio. Aqui onde vejo e ouço o mar vejo também pessoas sentadas neste bar, aos pares. Ninguém está só. Só eu, este desgraçado.  Sou desgraçado porque quero? Não creio. E será que sou mesmo um desgraçado? Acho que é um exagero utilizar esta palavra.  Estou simplesmente a passar um mau momento.

FECHO DE CICLOS

 Curioso, hoje, 31 de dezembro de 2021 encerram-se ciclos por todo o mundo. O ano, projetos, fases… Hoje encerro (creio eu) o meu mestrado em Educação Académica e Clínica. E que encerramento! No último dia do ano, dou por concluída esta árdua tarefa. Causou-me muito desgaste, muita preocupação e fez despender muitas horas! Sinto-me exausta, cansada, mas por outro lado, tenho neste momento o grande sentimento de dever cumprido! Quantas vezes muitos de nós anseiam pelo término de um projeto para nos sentirmos realizados? A verdade é que não me sinto assim. Sinto sim que terminei um objetivo, conclui mais uma etapa académica, dei provas do que sou capaz de construir e de suportar também. Em jeito de brincadeira, digo que se consegui suportar este percurso neste ano, sou capaz de tudo. É o que dizemos sempre depois de termos experienciado tudo! Só que não. Nunca ninguém saberá se vai ser capaz de ultrapassar uma situação ou outra pelo simples facto de que o que vivemos, já passou. O que nã

o meu olhar sobre... SER DEPUTADO

O meu olhar sobre…. SER DEPUTADO   ANA TOSTE Aproximando-se as eleições legislativas, aumenta a discussão sobre o perfil dos escolhidos para as listas de candidatos a deputado. Se devia ter maior ou menor legitimidade individual e maior aproximação ao eleitor, se devia ter maior ou menor independência relativamente ao partido que o elegeu, são questões que colocamos, para além de outras que nos possamos lembrar e que sirvam de tema para uma boa discussão à mesa do café (mesmo em tempos de pandemia). No entanto, a verdade é que não nos devemos ficar por aí, mas sim refletir seriamente e com pensamento crítico, no que esperamos de um deputado, ou melhor, no que representa para cada um de nós, ser deputado. A função de um deputado está definida constitucionalmente, e no seu essencial, como devendo este representar toda a nação, logo todos os portugueses, independentemente do género, etnia, localização ou rendimento. Sendo assim, em termos gerais, exige-se de um deputado o conhecimento de

AS MUDANÇAS

Há pouco tempo mudei de casa. A tipologia de casa é a mesma da antiga casa, a localização também é próxima. Fiz uma revisão a tudo o que tinha em casa. Roupa, loiça, cremes, copos, talheres, utensílios e toda uma panóplia de coisas que vamos acumulando ao longo de anos. O que entendi que já não me servia, mas que estava em boas condições, doei a uma instituição. O que não me servia a mim e consequentemente também não servia a mais ninguém deitei ao lixo.  Caixotes, caixas, plásticos, acondicionar tudo e embalar tudo. Quem já passou por mudanças sabe do que falo.  Na nova casa foi necessária uma grande reorganização de tudo. Tudo mudou de sítio e não foi possível colocar tudo exatamente nos mesmos sítios e na mesma disposição.  Reorganização foi a palavra que mais usei nos últimos 2 meses. Aproveitei esta fase de mudanças para fazer outras mudanças e ajustes.  Resolvi reajustar a mente. Este processo ainda nem a meio vai. Reorganizar ideias, objetivos, sonhos e auto-regras. Resolver pro

DESEJOS DE ANO NOVO

  Muitas são as mensagens e telefonemas que enviamos e fazemos por estes dias. Mensagens de esperança para um Ano que se inicia e que queremos que seja sempre o melhor! Quando chegam as doze badaladas do dia 31 de dezembro enchemo-nos de rituais e superstições que determinam a maneira como entramos o ano, para que seja um ano de sorte.  E será que fazemos por isso? Desejar “algo” simplesmente não é suficiente para conquistar “algo”. E as nossas promessas de ano novo continuam a ser apenas promessas, ano atrás de ano. Nos primeiros dias colocamos toda a energia e vontade nos nossos desejos, mas, em pouco tempo, perdemos “o gás” e a rotina instala-se no nosso dia a dia.  Então, porque não funcionam os desejos de ano novo? É preciso definir metas, abrir espaço para o novo e descobrir o que nos impede de sair da promessa e partir para a ação. Para além disso, é importante acreditar nos nossos sonhos que não sejam, apenas, utopias. E lá por que o ano mudou não significa que tudo vai mudar s